Viagens

Ilha Verde de belas lagoas

Já fui à ilha de São Miguel muitas vezes. No entanto, em cada regresso,  a beleza da paisagem não deixa de me deslumbrar.

Em São Miguel, a maior e mais povoada ilha do arquipélago dos Açores,  há lugares especiais aonde se volta em cada viagem: ir ao miradouro das Lagoas Azul e Verde das Sete Cidades é sempre a minha primeira escolha. Quem se pode cansar daquela beleza ímpar?

Já fui em dias de sol, em dias nublados, com e sem bruma. Desta vez, fiquei surpreendida com as novas infraestruturas que tornam o miradouro mais seguro e permitem o grande afluxo de turistas.

Ter amigos em São Miguel que me levam aos meus lugares favoritos é um privilégio, e eu fico-lhes muito grata. Mesmo quando digo “Que pena, parece que há nevoeiro e não se poderá ver a Lagoa de Fogo” a resposta é sempre: “Vamos verificar com os nossos próprios olhos, o tempo muda facilmente , quando lá chegarmos, podemos ter uma vista bonita”. Até hoje, valeu sempre a pena subir a serra da Água de Pau!

A Lagoa de Fogo é única e imperdível,  vestígios duma cratera que nos recorda a formação desta ilha, presente raro da mãe natureza.

Também não deixo nunca de ir à Caloura. Do jardim do “Templo da Lua”, a vista é perfeita. Ao lado, na esplanada do restaurante com varandas para o mar e piscina aberta nos rochedos, o peixe é fresco e a simpatia do pessoal convida a saborear a refeição sem qualquer pressa.

Não deixo de visitar a Igreja associada à devoção do Senhor Santo Cristo dos Milagres e Madre Teresa da Anunciada. Para quem é devoto,  não deve deixar de ir ao Convento da Esperança de Ponta Delgada, mas foi na Caloura que tudo começou.

No vale das Furnas, as fumarolas e o cheiro forte a enxofre obrigam-nos a confrontar a comprovada origem vulcânica da ilha; ali se localiza o parque Terra Nostra que me atrai pela vegetação exuberante. Abunda a minha flor favorita – os nenúfares; ali eles surgem de cor vermelha, violeta, amarela, branca e rosa, deixando-me encantada.

Em Ponta Delgada, a cidade capital, as Portas da Cidade, a Igreja Matriz com sua porta manuelina e o edifício da Câmara são dignos de serem mil vezes fotografados. Mas há sempre descobertas a fazer – desta vez foi uma visita à sinagoga, transformada recentemente em museu hebraico. Ali aprendemos sobre a presença dos judeus na ilha desde o início do povoamento no século XV, sobre a sua perseguição durante a Inquisição e, em particular,  sobre a resistência das famílias que naquela casa particular praticavam sua fé.

José Andrade merece a minha admiração pelo incansável esforço ao longo dos anos – biblioteca riquíssima, investigação séria e uma vontade firme de deixar aberto a todos os interessados o legado ali existente.

Ponta Delgada tem um miradouro, – o da igreja da Madre de Deus – onde obrigatoriamente vou. Dali mato as saudades dos bonitos espaços aonde não terei oportunidade de ir e que se avistam ao longe. Gosto daquela igreja, do jardim que a rodeia e revivo momentos inesquecíveis ali passados em tardes e noites quentes de verão contemplando a paisagem circundante.

Gostaria de ajudar um estudante da U of T a ir visitar um país de língua portuguesa?

Pode fazê-lo com um donativo (“tax donation deductible”).

www.donate.utoronto.ca/Marujo

Imagens cedidas por Manuela Marujo

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