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Vitamina D e Covid-19

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Com o passar do tempo vamos tendo acesso a um maior número de estudos relacionados com esta pandemia que veio virar o mundo do avesso: para combatermos esta doença interessa-nos saber a sua origem, os seus efeitos e de que forma é que podemos não só curá-la como também eliminá-la.

Ora, foi na ótica da cura que se baseou um estudo desenvolvido em Espanha e que foi posteriormente publicado no Journal of Steroid Biochemestry and Molecular Biology.

Levado a cabo por investigadores do Hospital Universitário Reina Sofia, em Córdoba, este estudo contou com a colaboração de 76 doentes, todos eles hospitalizados com Covid-19. A todos foi administrado o tratamento “padrão”: hidroxicloroquina e azitromicina. Acontece que 50 destes 76 doentes receberam ainda, numa ótica de terapêutica complementar, uma suplementação de vitamina D.

Assim, apenas um doente do grupo que recebeu vitamina D deu entrada na Unidade de Cuidados Intensivos, enquanto que, por outro lado, 13 dos 26 doentes que não a receberam foram admitidos nesta unidade. Para além disso, não morreu ninguém do grupo da vitamina D, tendo todos eles recebido alta sem complicações. Já entre os 13 doentes do grupo que não foi submetido ao tratamento com vitamina D e que foi admitido na UCI foram registadas duas mortes.

Um outro estudo, conduzido por especialistas da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, concluiu que quantidades suficientes de vitamina D no nosso organismo podem ajudar a diminuir e até evitar os efeitos mais graves relacionados com a Covid-19.

Publicado na revista científica Plos One, este estudo recolheu e analisou amostras de sangue de 235 pessoas com Covid-19, concluindo que aqueles que tinham níveis superiores a 30 ng/ml de 25-hidroxivitamina D mostravam ter menos problemas de saúde provocados pela doença, tais como perda de consciência, hipoxia (baixa concentração de oxigénio no sangue) e, no pior dos cenários, a morte.

Entre os pacientes com mais de 40 anos, aqueles que apresentavam níveis de vitamina D considerados “suficientes” apresentaram 51,5% menos probabilidade de morrer, comparativamente com os pacientes com deficiência desta vitamina.

Importa realçar, no entanto, que este estudo tem algumas limitações, já que alguns fatores que podem ter impacto na gravidade da Covid-19 – como o tabagismo e o status socioeconómico -, não foram registados em todos os pacientes.

As conclusões

O estudo desenvolvido em Espanha veio dar mais força a algumas evidências científicas que vinham a apontar a vitamina D como uma grande ajuda no combate à infeção pelo novo coronavírus, através de mecanismos que têm a capacidade de controlar a reacção imunitária e prevenir a chamada “tempestade de citocinas”, que provoca a destruição do tecido pulmonar.

Ainda que com algumas limitações, os cientistas que trabalharam neste estudo assumem que esta é uma forte evidência de que a vitamina D pode reduzir significativamente a necessidade de cuidados intensivos durante o tratamento de doentes com Covid-19.

Já o professor e autor do último estudo de que vos falei, Michael F. Holick, afirmou que a vitamina D é uma ótima aliada no combate às consequências da Covid-19 como também “de outros vírus que causam doenças do trato respiratório superior, incluindo a gripe” e que, por isso, “especialmente nos meses de inverno, é prudente que todos tomem um suplemento de vitamina D para reduzir o risco de infeção e complicações por covid-19”.

O conselho está dado! Protejam-se!

Inês Barbosa/MS

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