Saúde & Bem-estar

Segunda onda e a maturidade

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Foto: Erin Agius

Estamos passando pela segunda onda do coronavírus. É uma realidade, quer se queira ou não. Precisamos começar a encarar que o mundo mudou e que iremos passar por esses processos até chegarmos a um nível seguro de conhecimento sobre esse vírus. E isso não nos garante que voltemos ao tal do antigo “normal”. Muitas teorias, estudos e pesquisas estão acontecendo ao redor do mundo na tentativa de  entender e prever o funcionamento do vírus, e o que  sabemos de concreto é que ainda não se pode  falar em cura ou em normalidade a curto e médio prazo.

O que tenho visto por aí é um negacionismo muito forte de algumas pessoas diante das recomendações feitas pelos órgãos de saúde e isso acarreta uma falta de colaboração coletiva importante, impactando diretamente no número de pessoas infectadas. Conversando com um amigo dia desses, soube de pessoas que chegaram ao cúmulo de dizer que por não fazerem parte dos grupos de risco, qual seria o problema em não usar máscara, por exemplo? O que me choca é justamente o fato dessas pessoas não pensarem naquelas que fazem parte dos grupos de risco, demonstrando um egoísmo sem fim, uma falta de compaixão e de empatia assustadoras.  Se todo mundo pensasse dessa forma, o sistema de saúde do mundo inteiro iria entrar em colapso e a vida de todos estaria em  maior risco ainda. Por outro lado,  vemos também muita gente tomando todos os cuidados indicados para a não propagação da doença. O que nos dá um certo consolo. Ainda assim, começo a sentir uma certa normalização quando percebo que mais e mais vezes têm acontecido reuniões, eventos  e festinhas que promovem  o encontro de várias pessoas, em total desacordo com as recomendações vigentes. Sem contar a perda do rigor na  higienização das compras, das mãos e das roupas.  Enfim, falando o português claro : estamos baixando a guarda.

Num convite a mim mesma e a todos que se preocupam com o futuro, sugiro a reflexão sobre se realmente estamos engajados em ajudar uns aos outros, independentemente do seu próprio grau de risco em relação ao vírus. Pensemos nessa fase como um teste. Até que ponto estamos dispostos a ajudar o mundo a se proteger desse vírus?  Até que ponto você deixaria de ir à uma festa de casamento para proteger a saúde de uma pessoa idosa ou pertencente a qualquer outro  grupo de risco? Será que podemos aprender algo com toda essa experiência? Certamente que sim. A começar com empatia e amadurecimento.

A maturidade  mora em demonstrações concretas.  No ato de ceder e aceitar situações que não nos deixam felizes mas, que são necessárias. E agora é uma questão de escolha: quem você quer ser na linha do tempo da vida? Qual marca você quer deixar nesse momento histórico que o mundo passa? Mesmo porque, a depender da escolha, não teremos o mundo como o conhecemos num futuro próximo.

Adriana Marques/MS

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