Saúde & Bem-estar

Saúde é um direito, não um benefício!

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Sou diabético desde os meus sete anos de idade. Acordei um dia de manhã e não me aguentava de dores nos braços, sem me aperceber do que se estava a passar. Os meus pais levaram-me para as emergências do hospital mais próximo, onde esta maldita doença me foi diagnosticada.

Felizmente, tudo correu bem, e hoje, apesar de ser insulinodependente, estou vivo, numa luta que me irá estar sempre a acompanhar para o resto da minha vida. Na altura do diagnóstico, estava em Portugal, país de nascença, com benefícios de saúde, e com acompanhamento médico num hospital.

Em dezembro de 2019, um novo vírus foi descoberto na China, na região de Wuhan, tendo sintomas semelhantes a uma pneumonia, que chegou por se alastrar a uma velocidade incrível, não apenas onde originada, mas também pelo resto do mundo. Esse vírus seria o SARS Cov-2 que provoca a doença COVID-19. Agora, no momento de escrita deste artigo, mais de 35 milhões de pessoas infetadas ao redor do globo, somando consigo mais de um milhão de mortes.

Quando alguma coisa está errada, esta deve ser apontada, mas também o deve ser quando um país, em especial tão pequeno como Portugal, tem uma atitude novel ao declarar todos os emigrantes no país com um processo, seja ele de residência, como de refúgio, sejam aprovados temporariamente para que as pessoas tenham acesso a apoios, sejam financeiros, como de saúde, estando neste período completamente de forma legal no país.

Apesar de o Governo canadiano ter removido taxas associadas aos testes ou cuidados médicos devido à COVID-19, tudo o resto em termos de saúde é pago para quem não tem cartão de saúde, sendo que para doentes crónicos, tal como eu e muitos outras pessoas, o efeito do vírus nos deixa ainda mais preocupados sobre a nossa própria saúde.

Nos Estados Unidos existem pessoas que foram contaminadas com a COVID-19, que depois de terem altas do hospital no qual estavam internados receberam contas médicas a passar de um milhão de dólares.

Estamos todos a viver um momento de crise, seja financeira devido ao dano recorrente que o vírus está a causar na economia mundial, como humanitária, onde todos os dias se somam mais mortos.

O grande problema que não quero calar é o ato de pessoas que não têm problemas de saúde, que saem à rua para protestar contra o uso de máscara, são assintomáticos e espalham o vírus a pessoas com doenças crónicas e que se encontram sem os mesmos direitos de saúde que um cidadão ou um residente, porque ou ainda não recebeu resposta da imigração ou porque o seu estatuto terminou a meio da pandemia e a renovação do mesmo está em pausa ou irá levar um tempo indeterminado.

A saúde das pessoas não é um benefício, mas sim um direito humano, mesmo estas estando nas circunstâncias que estiverem, e não deveriam de ser “atoladas” de contas hospitalares no valor de milhares de dólares, que poderiam servir para colocar bastante comida na mesa de famílias inteiras, como para a compra de medicamentos que se tem de pagar na totalidade quando não se tem cartão de saúde.

Miguel C.

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