Saúde & Bem-estar

Saudável? Talvez não…

Temos poucas certeza na vida, mas uma coisa que podemos afirmar com praticamente 100% de certeza é que a busca por uma alimentação mais saudável nunca vai ter fim. Vá, não digo por todas as pessoas, mas grande parte de nós tem (ou procura ter) esse cuidado. O problema é que nem sempre o que é anunciado como sendo benéfico para a nossa saúde o é na realidade: a designação do produto grita uma coisa, mas o rótulo sussura outra completamente diferente.

Querem alguns exemplos?

Cereais de pequeno-almoço

Dentro dos cereais de pequeno-almoço há uma regra infalível: se tem bonecos, não presta (nutricionalmente falando). Os cereais (supostamente) dirigidos a crianças contêm grandes quantidades de açúcar e, obviamente, são prejudiciais à saúde. Mas se por acaso acham que os cereais integrais são sinónimo de uma escolha melhor, desenganem-se. A maioria deles contém teores de açúcares semelhantes aos referidos anteriormente e são também ricos em gorduras e excessivamente calóricos. Consultem sempre o rótulo e prefiram as opções que contenham também mais fibra e proteína.

Pão de forma integral

Uma das formas de fazermos escolhas alimentares mais saudáveis passa por fazermos substituições: neste caso, da farinha branca pela farinha integral. Até aí tudo bem – os produtos integrais contêm mais fibras, dão-nos uma maior sensação de saciedade e têm menos gorduras e açúcares! O problema é que a maioria das marcas deste tipo de produto presentes no mercado não é sequer 50% integral – substituem apenas uma parte por farinha integral mas os açúcares, óleos e gorduras hidrogenadas permanecem (e não raras vezes chegam a ser aumentadas) na lista de ingredientes.

Produtos light, diet ou 0%

Um lobo com pele de cordeiro – talvez seja esta a melhor designação para este tipo de produtos. Um produto é “light” quando apresenta uma redução de pelo menos 30% do valor energético em relação à versão original. Já os “diet” são produtos direcionados para uma alimentação especial (celíacos, diabéticos, hipertensos, etc.) e, por fim, os 0% são isentos de algum tipo nutriente – por norma, o açúcar, gordura, proteína ou sódio. Tudo isto nos leva a crer que este tipo produtos são saudáveis – no entanto, as alterações feitas à sua composição tornam-nos, por vezes, mais processados e ainda menos recomendáveis do que as suas versões originais. Por exemplo, para compensar a falta de açúcar, muitos destes produtos “carregam” na gordura, o que os torna ainda mais calóricos. Para além disso, a ingestão diária destes produtos aumenta em três vezes o risco de desenvolvermos doenças degenerativas como Alzheimer ou de sofrermos um AVC. Dá que pensar, não?

Chips de legumes e fruta

Um verdadeiro snack da moda que junta o útil ao agradável: é saudável e muito saboroso! Isto se forem feitas em casa! As chips de vegetais que encontramos nas prateleiras do supermercado estão, na sua maioria, carregadas de sal e gorduras. Já no caso das chips de fruta, o processo de desidratação concentra a frutose e pode reduzir significativamente o teor de fibra e vitaminas. Segundo a Action on Sugar, uma ONG britânica, algumas delas contêm mais açúcar do que gomas e rebuçados!

Leite de Soja

Temos vindo a assistir a um aumento de casos de pessoas intolerantes à lactose e, por isso, a um aumento da procura por produtos substitutos do leite. O “leite” de soja é uma das opções – uma opção que pode não ser a melhor já que (e já tendo em conta que grande parte da soja é transgénica), ela pode ser tão alergénica quanto a lactose. Para além disso é uma proteína de difícil digestão, podendo causar alergias alimentares em crianças com menos de dois anos.

Inês Barbosa

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