Saúde & Bem-estar

Coronavírus e karma coletivo

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Foto: DR

 

Tenho pensado bastante sobre o momen to encontrar uma explicação “espiritual” para o porquê disso tudo. As explicações científicas, apesar de muito negacionismo, estão à disposição de todos. Dia desses, me debrucei sobre os aspectos metafísicos da pandemia. Passei a relembrar os últimos meses antes da pandemia e constatei  que o nosso comportamento, de maneira geral, nos conduzia num caminho completamente individualista, cada um vivendo a própria vida de uma maneira egoísta, sob uma polaridade extremada no que diz respeito a maneira de cada um viver ou fazer suas escolhas. O político “X” é melhor que o político “Y”. Um homem não pode amar outro homem. Uma mulher tem que seguir os padrões tradicionais da família e dos bons costumes. As religiões, os partidos políticos, as etnias, os países; tudo foi dividido em bom e mau ou melhor e pior. A verdade passou a ser questionada e tivemos o surgimento da pós verdade. Cada um elegia sua própria verdade de acordo com sua conveniência. Essa forma de agir egoísta, unilateral e individualista parecia ter sido normalizada há muito tempo.

Pois bem! Começo a achar que esse comportamento projetou algo para o Universo e esse algo pode ser traduzido como solidão.

Na minha concepção, somos seres integrativos entre si e com a natureza. Precisamos estar em harmonia com os nossos semelhantes, com os animais, com as plantas, e, me chamem de louca, até com as pedras. Infelizmente, o ser humano se sente acima de tudo isso e criou a ilusão de que pode dominar a Natureza e o que nela existe. Tudo leva a crer que essa ilusão provocou o caos pelo qual estamos passando. Não estou me referindo apenas ao coronavírus. O caos é o conjunto das consequências do comportamento humano nos últimos séculos: aquecimento global, desigualdade social, disputas por poder, riqueza, dinheiro… e para quê? Nos esquecemos que um dia todos estaremos debaixo da terra ou num pote em cima de uma prateleira ou no fundo do mar.

Se resgatarmos a ideia de que somos seres interligados entre nós e com cada entidade da Natureza, automaticamente passaremos a respeitar a nós mesmos, as diversidades e as escolhas de cada um; enfim, aprenderemos a respeitar o outro.

Ao respeitar verdadeiramente o outro, alcançaremos a tão buscada igualdade e fraternidade entre os homens. Teríamos, no mínimo, um mundo sem guerras.

Aliás, a base da maioria das religiões está assentada nessa busca por igualdade e fraternidade. Uma das máximas do cristianismo, proferida por Jesus da Galiléia diz:

“Amai ao teu próximo como a ti mesmo”. E tudo começa com o respeito. E como constatamos, o respeito se perdeu, os homens escolheram o individualismo e entramos em colapso.

E então voltamos ao início da minha reflexão: será que o coronavírus, poderia ser um karma coletivo, que veio de encontro a tudo aquilo que desejamos e projetamos energeticamente?  Individualismo!

O desfecho provável de um individualismo recorrente só pode ser a solidão. E a pandemia, de muitas maneiras, nos obriga a exacerbar o isolamento social. Estaremos sendo atendidos pelo Universo?

Essas são algumas conjecturas sob a lente da espiritualidade que tenho feito. Não posso afirmar nada, mas… que bom que posso filosofar. Tudo o que eu espero é instigar e promover a reflexão.

Será que não é o momento de mudar nosso comportamento egocêntrico e influenciar as respostas do Universo? Acredito que valha a tentativa.

Adriana Marques/MS

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