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LEOPARDOS: FÊMEAS E MACHOS CAÇAM A HORAS DIFERENTES

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A região das montanhas de Udzungwa, na Tanzânia, abriga uma das poucas populações de leopardos que não sofreram grande impacto da ação humana. A sua superfície é coberta por uma densa floresta húmida, o que torna impossível o acesso ao local usando veículos.

Mesmo diante da dificuldade, uma equipa de investigadores do Museu de História Nacional da Dinamarca conseguiu, pela primeira vez na História, posicionar 164 câmaras na região e recolher mais de cinco mil imagens do quotidiano desses animais. A experiência trouxe grandes revelações sobre os hábitos da espécie.

As diferenças entre machos e fêmeas

De acordo com os cientistas, entender como os leopardos se movimentam durante o dia é uma etapa primordial para protegê-los da extinção. Por muito tempo, acreditou-se que eles eram animais com atividade de caça apenas durante o anoitecer, mas o primeiro olhar sobre a população de Udzungwa surpreendeu os investigadores.

Através de sensores de movimento, as câmaras capturaram diversas imagens dos felinos em busca das suas presas, como antílopes e babuínos. Enquanto as fêmeas são tipicamente mais ativas durante o período da manhã, os machos tendem a poupar energia para ir atrás das suas vítimas na escuridão da noite.

O líder da pesquisa, Rasmus W. Havmoller, ressaltou que esta é a primeira vez que alguém consegue identificar padrões de atividade entre leopardos fêmeas e machos. “Os leopardos de Udzungwa são a nossa última oportunidade de estudar estas criaturas num ambiente diverso, que foi levemente impactado pelos humanos”, completou o investigador.

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Leopardos ameaçados

Os leopardos são animais “criticamente ameaçados de extinção”, segundo o relatório da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza. A população desses felinos caiu em 85% durante o último século, ligando o alerta para as organizações protetoras do meio ambiente.

De acordo com a equipa de pesquisa, o facto das fêmeas serem mais ativas pela manhã torna-as mais vulneráveis aos humanos, visto que esse é o horário em que eles são mais ativos. Por isso, entender os padrões de atividade da espécie pode ajudar na elaboração de medidas protetivas.

Existe uma grande preocupação dentro da comunidade ambientalista sobre o crescimento de populações humanas na África e na Índia, onde os leopardos são forçados a sair do seu habitat e transformam-se em alvos fáceis para caçadores.

@kika.pt

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