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Cheira bem, cheira a… Europa

Cheira bem cheira- europa-mileniostadiumConseguem imaginar qual seria o cheiro das cidades europeias do século XVI? Os cientistas acreditam que era uma mistura de tabaco, especiarias e pesticida, mas isso está a ser investigado e aprofundado. A ideia é, em breve, podermos cheirar o passado.

Para a empreitada, cientistas de diversas áreas, com a ajuda da inteligência artificial, reuniram-se para recriar o cheiro de objetos da Europa desde o século XVI até ao início do século XX. O ousado programa foi apelidado de Odeuropa.

A tecnologia será desenvolvida para identificar as descrições de odores e imagens de artefactos aromáticos, em cerca de 250 mil documentos escritos em sete idiomas diferentes. Depois, será criada uma enciclopédia online sobre os cheiros da Europa, com a descrição de cada aroma. A ideia é disponibilizar a coleção para museus, além da internet.

Entre os cenários imaginados está o do século XVII: Londres provavelmente cheirava a remédio contra a peste, como alecrim e alcatrão queimado. Já no século XVIII, por exemplo, a medicina usava sais aromáticos para tratar convulsões e desmaios.

Museu de odores

Além dos cheiros, os cientistas querem entender como os odores evoluíram ao longo dos séculos. Isso pode ajudar no entendimento de como os objetos se degradaram ou como foram preservados durante os anos. O tabaco, por exemplo, era uma mercadoria exótica quando chegou da América no final do século XV. Apenas a alta sociedade consumia. Entretanto, com o passar dos anos, o produto passou a ser cada vez mais acessível a toda a população.

“É uma mercadoria introduzida na Europa no século XVI, que começa como um tipo de cheiro muito exótico, mas rapidamente se torna parte do cheiro normal de muitas cidades europeias”, explica William Tullett, da Universidade Anglia Ruskin, em Cambridge. Segundo ele, no século XVIII, o cheiro do tabaco já incomodava teatros e cinemas lotados.

O projeto é financiado pela União Europeia e está a custar cerca de 3,3 milhões de dólares americanos. A previsão é de que seja concluído em três anos. Além das descrições, existe a possibilidade de um trabalho conjunto com químicos e perfumistas a fim de recriar os cheiros descritos. Isso permitiria que visitantes de museus pudessem ter uma experiência sensorial inesquecível.

Mais curiosidades na nossa seção do FYI, clica aqui.

Em York, por exemplo, o Centro Viking Jorvik tem recriações de odores do século X. “Uma das coisas que o Jorvik demonstra é que o cheiro pode ter um impacto real na maneira como as pessoas se relacionam com os museus”, analisa Tullett.

Kika/MS

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