Ambiente

Terra Viva – Extinção

Um milhão de espécies de animais, insetos e plantas está em risco de desaparecer.
O alerta é da Plataforma Intergovernamental de Política Científica sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos (IPBES), num estudo com 145 autores de 50 países.

Uma grande parte da comunidade científica considera que estamos neste momento numa nova extinção em curso e as evidências são muitas. Só que neste momento esta extinção está a ser provocada pela atividade de uma espécie – o Homem.

Houve nestes 4,5 mil milhões de anos cinco extinções em massa, de que se tenha conhecimento, relativamente ao período anterior aos 500 milhões de anos em que estas ocorreram, não temos informação suficiente.

Extinção Cambriano-Ordoviciana – Ocorrida há cerca de 488 milhões de anos. Considera-se a primeira e extinguiu, principalmente, diversas espécies e Equinodermos braquiópodes e Conodontes, e uma grande parte das espécies de Trilobites. Temos, no entanto, poucas informações sobre essa extinção. Teoriza-se que foi provavelmente resultante de uma erupção de raios gama que atingiu a Terra, fazendo a atmosfera alterar-se, deixando passar os raios ultravioleta, e provocando uma era glacial.

Extinção do Devoniano – Ocorrida há cerca de 360 milhões de anos, foi um evento gradual que extinguiu cerca de 70% da vida marinha, sobretudo corais e muitos peixes primitivos assim como muitos invertebrados.
Extinção Permiana – Ocorrida há cerca de 251 milhões de anos, foi a maior de todas as extinções em massa, fez desaparecer cerca de 96% dos géneros marinhos e 50% das famílias existentes. As trilobites desapareceram quase por completo .

Extinção Triássico-Jurássica – Ocorrida há cerca de 195 milhões de anos. Cerca de 20% de todas as famílias marinhas e de arcossauros (com exceção dos dinossauros) foram extintas, o mesmo ocorreu com os grandes anfíbios da época.

Extinção do Cretáceo ou K-Pg – Ocorrida há cerca de 65 milhões de anos – mais conhecida pelo desaparecimento dos dinossauros. Acredita-se ter desaparecido 60% de toda a vida na Terra e julga-se ter sido consequência do impacto de um grande asteroide.

A extinção em curso – Extinção do Holoceno é o nome dado à Extinção em Massa provocada pelo Homem. As extinções em massa passadas foram todas resultado de fenómenos naturais.
Uma grande parte da comunidade científica considera que estamos neste momento numa extinção em curso e as evidências são muitas.

O evento recente de extinções de plantas e animais considera-se que é perpetrado pelo ser humano, logo tal extinção distingue-se das demais por ocorrer sob intermédio da civilização humana e não por ocasiões biogeoquímicas ou cósmicas e fatores externos à vida (como no caso do asteroide da extinção K-T, a conhecida Extinção dos Dinossauros).

A validade deste evento como uma extinção em massa é debatido pela comunidade científica, sendo concluído por alguns que tal evento, apesar de chamar a atenção do ser humano, não possui magnitude suficiente para ser comparado aos outros cinco grandes eventos de extinções em massa. No entanto, não há mais qualquer dúvida de que está em curso uma extinção em massa que ameaça a existência da humanidade. Os biólogos usam estimativas bastante conservadoras, mas que, no entanto, provam que muitas espécies estão a desaparecer mais rápido do que em qualquer momento desde o desaparecimento dos dinossauros.

Não existe neste momento qualquer dúvida de que estamos no início de uma extinção em massa que ameaça a existência da própria humanidade. Perante as evidências e pela urgência de travar esta extinção em curso, as Nações Unidas têm promovido o debate entre países e pressionado para que haja acordos e compromissos entre as nações.

Teremos de mudar o comportamento humano para reverter ou travar este cataclismo, só assim as gerações futuras poderão desfrutar da natureza com respeito e admiração.

Paulo Gil Cardoso

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