Ambiente

Terra Viva – Desejos/Previsões para a década

E eis que entramos na década de 2020. Isto das divisões e seccionamentos de tempo é uma coisa muito humana. Somos habitantes deste planeta que amamos, mas muitas vezes desconhecemos – este tem humores e a nossa relação com ele nem sempre é serena.

Desejos e previsões muitas vezes se confundem, mas eu não me importo e eles também não. 

Seguem os meus desejos para esta década:

Espero que a ciência e a sua aplicação tecnológica permitam à humanidade perceber melhor o funcionamento da mãe Terra. Os recentes e acumulados avanços científicos permitirão, na próxima década, um melhor entendimento do funcionamento deste intrincado puzzle. Essa evolução será tanto na observação da Terra a partir do espaço como no estudo do próprio espaço, outros planetas e astros. Conhecer outros mundos permitirá melhorar o entendimento do nosso. A vida existe por aí algures no Universo, só nos falta encontrá-la e tentar compreendê-la.

Desejo e prevejo que forçosamente haverá uma adaptação da humanidade às alterações climáticas, protegendo-se, construindo estruturas que resistam aos extremos climáticos, readaptando as cidades, readaptando os transportes aéreos, terrestres e marítimos, investindo na proteção de populações, procurando conforto para que a espécie humana se mantenha em progressão. Os grandes desafios serão com certeza o controlo dos fogos florestais, a menorização dos efeitos de secas e de desertificação, a racionalização da utilização da água, a  adaptação dos sistemas produtivos de alimentação às mudanças climáticas e às necessidades de nutrição de toda a humanidade.

Iremos com certeza tentar melhorar a nossa relação com a Terra – também aqui a ciência terá um papel fundamental, no entanto a mais difícil e longa caminhada será a de reduzir o impacto que a nossa exponencialmente explosiva civilização tem em relação a tudo o que nos rodeia, perceber que a cada passo que damos podemos estar a destruir a potencialidade e importância de outros seres nossos companheiros de viagem neste pequeno grão de areia. Perceber que não sobreviveremos sós.

Serão tomadas muitas ações para reduzir e inverter o impacto poluidor – avanços já se começam a desenhar como é exemplo a alteração relativa aos sistemas tecnológicos e industriais que utilizam gases potencialmente geradores de efeito estufa, ou a grande Muralha Verde em África, a linha de floresta que já está a alterar condições de vida para o homem e outras espécies.

Perceberemos melhor a capacidade de adaptação da vida na Terra ao impacto humano ou outras alterações sejam internas ou de proveniência externa – isto levará o Homem a ter uma comportamento de cautela e maior sapiência.

A evolução tecnológica e científica nesta década que se inicia prevê-se frutuosa em áreas como a nanotecnologia, biotecnologia, novas fontes de energia, exploração de recursos até aqui desprezados ou não identificados. Todos os avanços ajudarão a ter uma melhor relação com os ecossistemas. Poderão reintroduzir-se espécies em vias de extinção e até mesmo já consideradas extintas. A proteção de habitats e de biodiversidade estará presente como fator essencial à continuidade da espécie humana e também da saúde da própria Terra.

Provavelmente teremos humanos a viajar para fora da Terra colocando os pés nos astros nossos vizinhos, paralelamente as investigações no nosso próprio planeta terão também um desenvolvimento exponencial, explorando os oceanos em todos os seus recursos e profundidades, explorando e conhecendo melhor lugares inóspitos ao homem como a Antártida, que se verifica já com muito maior biodiversidade do que o que era percecionado até aqui.

O meu maior desejo será provavelmente irrealizável… A consciência humana ser capaz de, em conjunto e em paz, desfrutar da natureza com respeito e admiração.

Paulo Gil Cardoso

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