Ambiente

O Declínio Ambiental – Relatório das Nações Unidas

Factos preocupantes apresentados em relatório sobre o ambiente na Terra, publicado a 6 de maio, produzido pela “Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES)”.

Conforme se pode ler no site das Nações Unidas, “Três quartos do ambiente terrestre e cerca de 66% do ambiente marinho foram significativamente alterados pelas ações humanas. Em média, essas tendências foram menos severas ou evitadas em áreas mantidas ou geridas por povos indígenas e comunidades locais.

Mais de um terço da superfície terrestre do mundo e quase 75% dos recursos de água doce são agora dedicados à produção agrícola ou pecuária.

O valor da produção agrícola aumentou cerca de 300% desde 1970, a colheita de madeira bruta subiu 45% e aproximadamente 60 mil milhões de toneladas de recursos renováveis e não renováveis são extraídos globalmente a cada ano – tendo quase duplicado desde 1980.

A degradação dos solos reduziu a produtividade em 23% da superfície terrestre global, aproximadamente 577 mil milhões de dólares de colheitas globais anuais estão em risco por perda de espécies polinizadoras, e entre 100 milhões a 300 milhões de pessoas estão em risco acrescido de serem atingidas por inundações e furacões devido à perda de habitats costeiros e proteção costeira natural.

Em 2015, 33% dos recursos piscícolas marinhos estavam a ser explorados em níveis insustentáveis; 60% foram explorados de forma sustentável, com apenas 7% em níveis inferiores aos que podem ser explorados de forma sustentável.

As áreas urbanas mais do que duplicaram desde 1992.
A poluição por plásticos aumentou dez vezes desde 1980.

300 a 400 milhões de toneladas de metais pesados, solventes, resíduos tóxicos e outros resíduos de instalações industriais são despejados anualmente nas águas do planeta.

Os fertilizantes que entram nos ecossistemas costeiros produziram mais de 400 “zonas mortas”, totalizando mais de 245.000 km2 – uma área combinada maior que a do Reino Unido.

Em todos os cenários possíveis explorados no relatório os impactos negativos na natureza continuarão até 2050, exceto aqueles que incluem mudanças drásticas – devido aos impactos projetados de mudanças crescentes no uso da terra, exploração de organismos e mudanças climáticas, embora com diferenças entre regiões.
O relatório conclui que cerca de um milhão de espécies animais e vegetais estão agora ameaçadas de extinção, muitas se extinguirão nas próximas décadas, estando ameaçadas atualmente mais do que nunca na história da humanidade.

A abundância média de espécies nativas na maioria dos habitats terrestres diminuiu em pelo menos 20%, principalmente desde 1900. Mais de 40% das espécies de anfíbios, quase 33% dos corais formadores de recifes e mais de um terço de todos os mamíferos marinhos estão ameaçados. O quadro é menos claro para espécies de insetos, mas evidências disponíveis suportam uma estimativa de cerca de 10% ameaçadas. Pelo menos 680 espécies de vertebrados foram levadas à extinção desde o século 16 e mais de 9% de todas as espécies domesticadas de mamíferos usados para alimentação e agricultura foram extintas até 2016, com pelo menos mais 1.000 espécies ainda ameaçadas.”

Posto o referido neste negro relatório, percebe-se a urgência de mudança de comportamentos e políticas, isto se queremos usufruir da natureza com respeito e admiração.

Paulo Gil Cardoso

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