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Patrick Brown soma e segue

O partido dá-lhe luz verde para se “recandidatar“

Humberta Araujo

Patrick Brown, ex-líder do Partido Conservador Progressista do Ontário, está de regresso à corrida para a presidência após ter recebido luz verde do comité responsável pelos regulamentos processuais do partido. Segundo fontes ligadas ao processo, a votação resultou em 3 votos a favor e dois contras.
Ao conhecer a decisão do comité, Brown agradecia “aos milhares de membros do partido que se pronunciaram e se mantiveram ao meu lado. Vocês trouxeram-me até aqui e eu não os vou dececionar.”
A decisão acontece a menos de um mês, após Patrick Brown ter sido forçado a demitir-se da liderança que mantinha desde 2015, na sequência de denúncias de má conduta sexual. Recorde-se que Brown foi obrigado a abandonar a corrida, após uma reportagem da CTV News, na qual duas mulheres, em condição de anonimato, o acusaram de conduta sexual imprópria, quando eram adolescentes. Durante todo este processo, Brown tem mantido a sua inocência, iniciando uma campanha nos media para limpar o seu nome, e caracterizando as alegações de “mentiras absolutas”.
A decisão de Brown de regressar à corrida deixou o partido em situação difícil. De recordar, que as denúncias de assédio sexual foram só o início dos problemas. Outras acusações começaram a surgir, as quais obrigam não só o partido a olhar para os seus processos internos, mas também às suas estratégias de campanha, uma vez que todos os dados apontavam Brown, como o homem que poderia destronar os Liberais do poder no Ontário.
O anúncio de Brown de regressar à corrida, surge no mesmo dia em que o presidente interino do partido, Vic Fedeli o expulsava do grupo parlamentar, mantendo, contudo, a sua posição como deputado independente. Segundo Fedeli, o partido sob a direção de Brown encontrava-se corrompido, justificando tal afirmação, pela existência de uma lista de membros inflacionada, candidaturas injustas e pouco claras, incluindo um candidato sob investigação criminal, e fundos financeiros que desapareceram.
Outros problemas começaram igualmente a aparecer, e a pôr em causa a imagem de Patrick Brown no seio do PC. Desta feita, alegações vindas do deputado do seu partido, Randy Hillier, que apresentou uma queixa, junto do comissariado, acusando o político de 39 anos de violar a Lei de Integridade dos Membros, ao não informar detalhadamente o partido de todas as suas fontes de rendimento e doações recebidos. Em causa, por exemplo, uma hipoteca de $ 1,72 milhões de US dólares, uma propriedade no lago Simcoe de $ 2,3 milhões e despesas em viagens internacionais, com a namorada de 23 anos, uma ex-funcionária do partido.
Atualmente, nesta corrida à presidência do partido, e a contar com Brown , existem cinco candidatos dispostos a liderar os “Tories” do Ontário: Christine Elliott, vice-presidente do PC de 2009 a 2015, e que ficou em segundo lugar ao concorrer contra Brown em 2015; Caroline Mulroney, advogada, com nenhuma experiência política, a não ser o facto de ser a filha do ex-primeiro-ministro Brian Mulroney; Doug Ford, ex-vereador e irmão do falecido presidente da câmara municipal de Toronto, Rob Ford, e Tanya Granic Allen, presidente de uma organização de pais, um grupo que se opõe ao currículo de educação sexual da província. O voto para a presidência terá lugar no dia 10 de março.
As eleições provinciais estão programadas para o dia 7 de junho.

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