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Dinheiro e Política

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Mais um dia e os provedores do medo continuam a descrever um mundo a cair aos pedaços.

O nosso mundo está a ser testado por um vírus, a Rússia e a Arábia Saudita têm-nos como reféns com a sua luta na produção de petróleo e os mercados financeiros estão a entrar em colapso, aniquilando milhões de dólares da economia mundial. Com a ansiedade a assumir o comando, ações nunca antes vistas poderão conduzir-nos a uma situação pior. Com o impacto na humanidade, a recuperação demorará mais tempo devido ao pânico espalhado por todo o mundo. Em tempos de incerteza e ansiedade, contamos com os políticos eleitos para nos garantirem orientação e segurança. É em momentos como este que comprovamos a qualidade dos políticos que elegemos. A cobardia está impregnada no sistema político e os políticos escondem-se nos seus palácios, com medo de sair à rua e liderar. Como cidadãos, temos parado para pensar em quem elegemos? E na influência que o dinheiro tem na qualidade de quem elegemos? Talvez devêssemos pensar nisto. Michael Bloomberg tentou comprar, com um orçamento de mil milhões de dólares americanos, a sua admissão para candidato Democrático nas próximas eleições federais nos EUA. O Sr. Bloomberg falhou na sua tentativa de comprar a sua ambição, no entanto transferiu o seu apoio para Biden – para financiar a sua campanha disponibilizou cerca de 500 milhões de dólares. O que praticamente garante a vitória de Biden na corrida contra Trump. Hoje em dia, o dinheiro é a receita para o sucesso na política e os eleitores ingénuos não questionam o porquê de votarem em determinado candidato.

Não existe um único político que, de certa forma, não esteja contaminado devido à necessidade financeira exigida para criar uma campanha. Os políticos dependem das doações dos eleitores. A maioria faz doações porque se identifica com o partido político ou porque um candidato cativa o seu interesse. Muitas vezes, as doações transformam-se em métodos pelos quais indivíduos ou empresas procuram favoritismo, o que é cada vez mais frequente na sociedade atual. O sistema de voto tem vindo a ser desacreditado devido ao ativismo político e às ações de lobby. As campanhas de recolha de fundos prolongadas pelos partidos, através de eventos ou via internet, são uma epidemia contínua. Os políticos sobrevivem, mas ficam à mercê de organizações poderosas, empresas e indivíduos. Os cidadãos não podem sustentar noções ingénuas de que o dinheiro não controla a agenda política da maioria das nações. À medida que o financiamento se torna cada vez mais restrito e as gerações, como os millenials, têm menos acesso a dinheiro, a luta entre partidos políticos e líderes partidários vai intensificar-se. Da próxima vez que ouvir o discurso de um político extraordinário a afirmar que concorrer para um cargo político se resume a servir o cidadão, relembre-se que, na verdade, o extraordinário vai além do comum. E nada mais é do que alguém controlado por uma equipa de funcionários educados por algoritmos, formulados para usar e confundir.

Vamos todos construir piscinas ilegais e comprar o máximo de papel higiénico que conseguirmos.

Something is rotten in the State of Denmark (Shakespeare)

“Algo está podre no Reino da Dinamarca”

Editorial in english

Money and Politics

Another day of life and the purveyors of fear continue to describe a world falling apart at the seams.

Our Globe is being tested by a virus, Russia and Saudi Arabia are holding us hostage with their fight for oil production and the stock markets are collapsing wiping out billions of dollars out of world economies. Supposedly things may get worse as anxiety takes hold resulting in actions never before seen. The costs to humanity will take long to recover because of the panic being spread throughout the world. Behind it all are our protectors elected to provide guidance and safety in times of uncertainty and anxiety. It is at such times that we assess the quality of politicians we elect. Cowardice in the political system is pervasive and most legislators hide in their palaces afraid to step out and provide leadership. As citizens, have we stopped to think about the people we elect and the influence of money on the quality of people we get elected? Perhaps we should. Michael Bloomberg attempted to buy his way to become the Democratic candidate in the next USA Federal Election using a budget of $1 Billion. Mr. Bloomberg has failed to buy his way but has thrown his support behind Joe Bidden using half billion dollars to finance Biden’s campaign. This practically assures a win for Biden to run against Trump. Money in politics today is the prescription to success and gullible voters do not question why they vote for certain candidates.

There isn’t one elected politician that is not tainted in some way due to financial needs to run a campaign, because they rely on donations by voters. Most of us donate because of the political party or because one individual captivates our interest. Often donations become a method by which individuals or corporations seek favouritism, which is rampant in today’s society. Political activism combined with lobbyists have diminished the integrity of the voting system. Continuous fundraising campaigns by all parties through events or the internet is an on-going epidemic from which politicians survive and therefore expose themselves to control by powerful cartels, corporations and individuals. Citizenry cannot employ naïve notions that money does not control the political agenda of most nations. The fight for money between political parties and politicians will intensify as funding becomes more and more restrictive and less and less money is available from generations such as millennials. Next time you hear a speech by an extraordinary politician claiming that running for political office is about serving the ordinary citizen, remind yourself that the extraordinary is more than ordinary and nothing more than a shell controlled by a team of servants educated by algorithms formulated to use and confuse.

Let’s all build illegal pools and pick up as much toilet paper as we can.

“Something is rotten in the State of Denmark” (Shakespeare)

Manuel DaCosta/MS

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