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Milénio Stadium: Tem animais de estimação? Se sim, há quanto tempo?

Camila Koda: Sempre tive animais de estimação. Quando morava com minha mãe tivemos dois cachorros que faleceram de velhice e atualmente minha mãe tem três gatos todos entre nove/10 anos. Depois que me mudei pro Canadá foi muito difícil não ter animais e, desta forma, adotei minha gatinha em Toronto em dezembro de 2017 e meu cachorro em fevereiro de 2019. Meu cachorro foi resgatado das ruas no Brasil e quando soube da história dele assumi os custos até chegar em abril 2019, quando foi possível ir até lá buscá-lo.

MS: Os seus animais ajudaram a passar a quarentena de forma mais positiva? Porquê?

CK: Totalmente. Eles são a alegria da casa e da minha vida. O amor de um animal é genuíno e aprendo com eles diariamente. Sem eles, sem dúvida teria sido muito mais difícil.

MS: Como está a ser o regresso à normalidade?

CK: Eu trabalho de casa, o que é muito bom para ter o dia todo junto deles. Porém, percebo que quando saímos para fazer alguma coisa na rua, meu cachorro principalmente, acha estranho e fica chateado. Mesmo eu trabalhando de casa, costumava precisar ir mais na rua resolver algumas questões e agora vou muito menos. Então quando saio sem ele percebo que se sente mais ansioso. Já a minha gatinha fica mais tranquila, mas se passarmos um fim de semana fora, por exemplo, quando chegamos ela já pede muito mais atenção também.

MS: Sente que o impacto económico da pandemia também afetou os seus animais de alguma forma? (foi difícil manter os cuidados, idas ao veterinário, alimentação, etc?)

CK: Para os meus animais não, pois eles são minha prioridade. Certamente diminuiria os meus gastos para manter a qualidade de vida deles. Porém, tivemos que nos adaptar em ir aí veterinário e o animal precisar ser atendido sozinho e aguardar do lado de fora (falando com veterinário por telefone), o Groowing ficou fechado um tempo e precisamos tentar tosar meu cachorro em casa e cortar suas unhas (o que não deu certo),etc. Foi mais difícil, mas esperamos que logo seja possível normalizar totalmente estes serviços.

Telma Pinguelo/MS