Temas de Capa

O Papa do povo

Caros leitores,

Começo por vos desejar uma excelente Sexta-Feira Santa.

Espero-vos bem e com vontade de para a frente seguir. Remando contra tudo e contra todos, nestes tempos que por vezes até a Fé nos ameaça abandonar. Pelo menos a mim. Jamais posso ou vou opinar sobre outrem.  Sempre sobre mim. Por vezes, a fé ameaça abandonar-me por muito estranho que vos possa parecer ao lerem este simples artigo. Mas a vida tem de continuar… como cantou o saudoso Freddie Mercury, vocalista dos Queen, “The show must go on“.

O Papa do povo-mundo-mileniostadium
Crédito: DR

Adelante então e, por usar esta expressão em espanhol, vou dizer-vos o que penso e sublinhar alguns factos reais de como e para onde se dirige a nossa era Papal no Vaticano e no Mundo.  Tema de capa do Milénio desta semana. A propósito da Semana Santa e da Páscoa que é já daqui a dois dias.

E por falar em Páscoa? O que significa? A Páscoa é uma das mais importantes celebrações da igreja cristã em homenagem à ressurreição de Jesus Cristo.

A Páscoa tem origem no latim e significa “passagem”. Essa “passagem” está descrita no Antigo Testamento como a libertação do povo israelita da escravidão no Egito. A Páscoa era celebrada pelos judeus para comemorar a liberdade conquistada pelo seu povo. Já no Novo Testamento, a Páscoa é a celebração da passagem da morte para a vida, através da ressurreição de Jesus Cristo. De acordo com o calendário cristão, a Páscoa consiste no encerramento da chamada Semana Santa. No catolicismo, as comemorações referentes à Páscoa começam na “Quinta-Feira Santa” com a Missa da Ceia do Senhor. De seguida, na “Sexta-Feira Santa” é celebrada a crucificação de Jesus. O “Domingo de Páscoa”, que celebra a sua ressurreição e o primeiro aparecimento aos seus discípulos, encerra as comemorações de Páscoa. A Semana Santa é a última semana da Quaresma, período em que os fiéis e os cristãos devem permanecer em penitência e em períodos de jejum. Apenas uma breve descrição para vos avivar a memória. Voltando ao tema de capa… 

Papa Francisco, o Papa mais querido de todos nós, crentes ou não, quer queiram ou não admitir. Há muito pouco mal a opinar sobre este verdadeiro Homem de Deus. Perfeito não é, nem Deus foi, mas pratica o bem e daí o ser espicaçado pelos demais que não têm coragem de ser como ele, ao invés desejariam atirá-lo para os “fundos dos infernos“.   Papa Francisco de seu verdadeiro nome Jorge Mário Bergoglio, nasceu a 17 de dezembro de 1936, conta agora com 85 anos, nasceu, dizia eu, no Bairro das Flores, na Cidade de Buenos Aires, na Argentina.  Filho de um casal de imigrantes italianos de Piemonte. O seu pai Mario Bergoglio era ferroviário e a mãe, Regina Maria Sivoni, dona de casa. O Papa Francisco foi ordenado sacerdote a 13 de dezembro de 1969. No ano seguinte graduou-se em teologia. Aos 36 anos, tornou-se responsável pela ordem jesuíta na Argentina, função que exerceu até 1978. Entre os anos de 70 e 80, lecionou filosofia e teologia em escolas de Buenos Aires. Foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de São Miguel, onde estudou. Quando a 13 de março de 2013 foi ordenado o próximo Papa, Jorge Mário Bergoglio, recebeu 90 dos 115 votos que o elegeram como Papa número 266, desde a fundação da igreja católica, há dois mil anos atrás.

Foi humilde na sua primeira aparição ao público na praça de São Pedro, não esqueceu os pobres e, inclusive, escolheu o nome de Francisco em homenagem a São Francisco de Assis. Homem bom, do povo de e para os pobres.

Um Papa que recebe uma vasta maioria de votos, com uma ampla popularidade entre os povos, que rejeita a vida de luxo e ostentação que o Vaticano pratica – renunciou a cruz de ouro oferecida e utiliza a de prata que sempre usou, rejeitou viver no luxuoso palácio Apostólico, não quis os sapatos vermelhos tradicionais, nem tão pouco usar a limousine papal. Um Papa que é dono de uma gentileza nunca vista, que domina o dom de bem falar, de forma a ser bem entendido por todos. Que é amigo dos pobres, defende a igualdade de direitos, o aborto, a adesão de todos e quaisquer uns, da comunidade Gay na sua globalidade, abomina e repudia os maus tratos sexuais que membros da igreja perpetraram contra crianças inofensivas, etc.. Não mencionando o que herdou de seu antecessor Bento 16, os Vatileaks, documentos roubados da secretaria papal por um assistente de confiança do então Papa, que os enviou para o mundo real, fora das paredes do Vaticano. Os escândalos mais escondidos até então. Daí a renúncia ou, talvez, uma das principais causas para, em 600 anos de história da igreja católica, terem levado Bento 16, o cardeal alemão Ratzinger, a renunciar ao seu prestigioso cargo alegando motivos de saúde.

Então perguntamos nós… porquê tanto ódio?

Pelo simples facto que acabo de citar – para além de Papa é um homem do povo. Sua Santidade não poderia coexistir nem tão pouco tentar desmistificar ou ter a ousadia e a audácia de tentar desvendar ou mudar as regras que o Vaticano enraizou há mais de dois mil anos. 

Onde é possível ter uma cidade dentro de outra? O Vaticano tem o seu próprio banco e uma cidade dentro de outra, em Roma. Tem as suas próprias leis – faz e desfaz ao seu belo prazer. Como é possível que estes membros de uma instituição que deveria ser em prol dos que menos têm, ostentem tanta luxúria e regalia?

Ser um bom católico ou um bom cristão, não quer dizer na minha opinião que se tem de seguir à “risca” as regras, nem as leis, nem do velho nem do novo testamento, mas sim as regras do nosso bem querer, da nossa boa vontade. Onde ajudar o próximo parece cada vez mais ser uma coisa do passado.  

É o que é e vale o que vale e, com todo o respeito, uma santa e feliz Páscoa para todos vós. Principalmente com muita saúde.

Até já,

Cristina Da Costa/MS

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