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Mas afinal o que é democracia? Será que existe?

Mas afinal o que -portugal-mileniostadium
DR.

 

Falam, falam, mas na realidade não existe. Sendo a sua definição mais que óbvia e o significado diz tudo – democracia é uma série de princípios que orientam a atuação dos governos para que estes garantam o respeito das liberdades e cumpram a vontade geral da população que os elegeu, mesmo aqueles que não votaram neles, mas que vão ser por eles governados.

Eu sei que não sou a pessoa certa para falar deste assunto, mas cada vez que ouço o primeiro-ministro António Costa falar em democracia e que governa com transparência até me apetece rir, para não dizer outras coisas. Podemos dizer que quase todos os governos governam sem transparência, mas neste governo não se encontra por onde se toque, algo que tenha a ver com democracia. É uma vergonha a forma como este governo tem governado. Nada a ver com democracia. Numa governação em democracia todas as decisões políticas devem ser tomadas em conformidade com o desejo do povo em geral e não para conveniência de meia dúzia. Por isso há eleições e os governantes são escolhidos por meio de voto. Mas afinal, isto não passa de uma brincadeira e gozo com o povo, porque logo que se encontram sentados no poder tudo altera relativamente ao que se foi prometendo em campanha, mas o nosso atual governo português ainda consegue ser mais ridículo. Um dia critica a forma com o PSD foi fazer um acordo com outros para governar o arquipélago dos Açores. Se tivessem vergonha calavam-se, esqueceram-se do que fizeram no passado recente. A preocupação foi o PS ficar sem muitos tachos, e vêm dizer que com o partido Chega e partidos da direita nunca faziam acordos mesmo que deles precisassem para governar. Pobre coitado do primeiro-ministro que demorou muito pouco tempo para engolir um sapo do tamanho do país – andou de joelhos a tentar convencer o Chega e o CDS para votarem contra a proposta do BE para a não transferência de quatrocentos e picos de milhões para o Novo Banco. Caiu-lhe tudo e ficou com as mãos vazias e um sapo atravessado na garganta. Aqui se viu a incapacidade de governação deste senhor. Democracia nenhuma. Então meses antes vem dizer que só aprovava uma transferência com uma auditoria feita ao NB, mais tarde andava aflito para fazer uma transferência contra a vontade do povo, tudo para satisfazer interesses que ainda andam escondidos, porque não houve uma explicação ao povo. Assim se faz em democracia. Afinal onde está a democracia?

Andam os pobres dos pequenos empresários de restauração e animação noturna em greve de fome na esperança que algo seja feito para os ajudar e desejosos para serem recebidos pelo governo e o pedido é-lhes recusado/negado, mais uma vez onde está a democracia? A conformidade com o desejo do povo? A continuar assim, caminhamos a passos largos para uma ditadura em Portugal.

Se analisarmos bem a situação existem três formas de governo: o governo de um, o governo de alguns e o governo de muitos. No meu entender, o governo de muitos é o que se situa mais próximo da democracia, é o governo que governa o país, mas sempre a pensar no povo, governa para todos. O governo de alguns é o governo que governa para os que lhe convém e lhe facilitam a vida. Criam-se empresas para amigos, fazem-se contratos com amigos, etc.  E assim se faz crescer a corrupção, é a governar para alguns. O governo de um é aquele que não tem ideias e anda tipo pau-mandado – cada um impõe e o primeiro-ministro cede. Deixa cair a democracia a troco de algo que o coloque na prateleira de cima. Desde que o deixem estar na cadeira, ele deixa qualquer um governar. Ele existe para passar a palavra do que lhe foi imposto por um, por isso eu lhe chamo o governo de um. Que pode ser qualquer um.

Não é por acaso que somos o terceiro país do mundo onde menos se acredita nos governantes porque não há democracia, há sim um governo ditador que só pensa nele e em alguns e os pobres e as PME passam ao lado, mas mais engraçado é que o povo gosta. É do tipo quanto mais me enganas mais eu gosto de ti. Como se vê nas sondagens o pobre governo que temos anda “nas suas sete quintas” mesmo depois de se saber que Portugal é um dos países onde os cidadãos dizem que o Governo raramente ou nunca age em função dos seus interesses. E eu pergunto, mas que raio de povo é este que diz aqui uma coisa e mais tarde diz outra? Não se esqueçam que o nosso país lidera a lista dos piores do mundo, em termos de confiança nos políticos.

Bom fim de semana.

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