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Entrevista a Howard Lichtman, relações públicas do Taste of the Danforth

Howard Lichtman trabalha como relações públicas do Taste of the Danforth há mais de 10 anos. Em entrevista ao Milénio Stadium, Howard falou-nos sobre a responsabilidade que é montar uma equipa que faz acontecer durante três dias o maior festival de rua do país.
O Taste of the Danforth decorreu de 9 a 11 de agosto e é dos festivais preferidos dos torontonianos.

Milénio Stadium: O Taste of the Danforth foi um dos primeiros festivais de rua de Toronto. Como é que os gregos tiveram esta ideia?
Howard Lichtman: Há 26 anos um grupo de proprietários de restaurantes gregos estava a tomar café e a queixar-se. A comida e os preços eram bons, mas faltavam clientes. Nesse dia à mesa estava um estudante universitário que lhes sugeriu que fizessem publicidade, no entanto os proprietários disseram que não tinham dinheiro para investir. O estudante respondeu que se eles unissem esforços juntavam o dinheiro suficiente para publicitar. Alguém ouviu a conversa e disse que não ia investir para os clientes irem ao restaurante do tio do universitário, ao que ele respondeu que iam colocar mesas pequenas nas esplanadas para encorajar as pessoas a provarem a comida grega. E foi assim que o Taste of the Danforth surgiu e hoje o conceito mantém-se e os menus não vão além dos $6.

MS: Como é que a organização consegue juntar dinheiro para criar um festival desta dimensão?
HL: O Taste of the Danforth custa 1/3 do que os outros festivais custam. O único governo que nos apoia é a província de Ontário – se não fosse por ele não estaríamos aqui. Também temos outros patrocinadores, mas todos os lucros vão para a caridade.
Ao longo destes anos temos doado vários milhões de dólares para o Michael Garron Hospital, mas na realidade são várias as organizações que beneficiam do nosso festival, inclusive clubes locais de futebol.

MS: Este é o maior festival de rua do país. Quantas pessoas é que vão passar pela 26.ª edição do Taste of the Danforth?
HL: A nossa dimensão é grande e no ano passado gerámos um impacto económico na ordem dos $106,000,000. Este ano ainda não sabemos, mas em 2018 passaram por cá 1,6 milhões de pessoas. O Taste of the Danforth é sobretudo sobre Toronto – mais de 50% das pessoas que nos visitam são de outra cultura. No palco “Let’s Dance”, as pessoas vão poder experimentar danças de várias origens – China, Japão, Filipinas, Egipto, Pérsia, Grécia, México, Cuba e Jamaica.
O festival é gratuito, tem três palcos principais – “Greek Stage”; “Showcase Stage” e “Celebrity Stage” – e mais de 26 performances. Temos uma área dedicada apenas ao desporto, com o Toronto FC, o Toronto Maple Leafs, Toronto Raptors; Toronto Argonauts e Toronto Rock.
As crianças têm uma área promovida em exclusivo pelo Cirque du Soleil que vai apresentar o espetáculo Alegria no Ontario Place em meados de setembro.
Temos também o “It’s all greek to me”, que é onde os torontonianos podem experimentar uma tradição muito grega que é a de partir pratos.

MS: No ano passado Danforth ficou em choque com os tiroteios. Este ano a confiança foi restabelecida?
HL: Os tiroteios aconteceram três semanas antes do festival e o mais triste em Toronto é que agora sempre que ligo a televisão há um tiroteio em qualquer lado da cidade.
Nós somos um festival amigável e onde as famílias são bem-vindas. Quero deixar aqui o convite para quem nunca veio a Danforth: venham visitar-nos e provem a comida grega que é deliciosa.

Joana Leal

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