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26.ª edição – Taste of the Danforth

É o maior festival de rua do país e atrai todos os anos mais de um milhão e meio de pessoas. O Taste of the Danforth já vai na 26.ª edição e o Milénio Stadium falou com um dos fundadores.

Andonis Artemakis nasceu na Grécia e veio para o Canadá com apenas 16 anos. Hoje mantém-se como presidente da Comunidade Grega de Toronto e recordou como tudo começou. “Em 1993 esta área chamava-se Vila de Danforth e a certa altura conseguimos mudar a designação para Greektown of Danforth. No verão as pessoas gostam de passar o tempo na rua e fazia falta um evento que juntasse as famílias. O Taste of the Danforth surgiu com essa finalidade e felizmente tem vindo sempre a crescer e a melhorar ao longo destes anos”, contou.

Andonis Artemakis, presidente Greek Community of Toronto Créditos: Joana Leal
Andonis Artemakis, presidente Greek Community of Toronto Créditos: Joana Leal

O Taste of the Danforth decorre durante três dias em Toronto e esta é uma oportunidade para provar comida grega a baixo custo, isto porque o preço de um menu não excede os $6. Na GTA reside a segunda maior comunidade grega no estrangeiro – cerca de 200,000 pessoas.

O festival atrai todo o tipo de etnias e reflete a diversidade cultural da cidade. Adriana Lacerda nasceu no Brasil, mas já morou nesta área. “Já morei aqui na Greektown no passado e gosto muito destes festivais de comida. Mas vim aqui para dizer tchau tchau porque estou voltando para o Brasil neste mês. Gosto muito do molho grego e da salada, o tempero deles é muito gostoso. Os festivais de verão são bacanos porque você pode curtir o clima e ficar com as amigas na rua, porque no frio não dá”, disse.

Brent Colmer é um blogger canadiano e admitiu ao nosso jornal que veio pela primeira vez ao Taste of the Danforth. “Conheço esta área, mas nunca tinha tido a oportunidade de vir até ao festival. Vim sobretudo para experimentar a comida grega, que pelo que ouço é autêntica e deliciosa. Quero provar o cordeiro, as batatas fritas gregas e a baklava. Não sou muito de doces, mas estou curioso para experimentar esta sobremesa. Pelo que já vi há muitas atividades para as crianças, música ao vivo e outras variedades de comida, se por acaso não forem adeptos da grega”, contou.

Ann Mary Artin veio com a amiga Marine Abibe e ambas têm descendência egípcia. “Viemos aproveitar o bom tempo e conhecer um pouco mais sobre a cultura grega. A minha amiga experimentou o souvlaki e eu provei a shawarma, agora vamos partir um prato porque segundo os gregos ajuda a afastar os maus espíritos”, avançou. Já Marine Abibe disse-nos que os preços são muito convidativos. “Os menus são muito baratos e se não gostarem de comida grega não faltam opções. Aliás, acho que é extraordinário encontrarmos tanta variedade gastronómica num festival de rua.

Max Simonique veio com a esposa e com os três filhos e descobriu o festival por acaso. “Nasci na Eslováquia, mas já vivo em Toronto há três anos. Um dia saí em Pape, na linha verde do metro, e percebi que existia aqui uma área grega. Este é o meu terceiro festival, os meus filhos já andaram de baloiço e já almoçámos todos comida grega. É muito bom ter um evento destes gratuito e para toda a família em Toronto”, explicou.

Os gregos gostam de partir pratos, o costume é muito antigo e continua a ser praticado no Canadá. “Há duas versões – a antiga e a moderna (risos). Os nossos antepassados costumavam partir os pratos nas lareiras e diziam que era bom fazer barulho, era uma forma de afastar os maus espíritos. Numa versão mais moderna, se quiserem, é uma forma de nos divertimos e dizermos Opa”, informou Andonis Artemakis.

No ano passado o festival teve um impacto económico de $106 milhões de dólares.

Joana Leal

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