Portugal

Privatização da Azores Airlines arranca este mês Dívida ronda 200 milhões de euros

O Governo dos Açores vai vender 49% da Azores Airlines (A.A.). A privatização da companhia aérea açoriana deverá arrancar ainda este mês e a dívida da empresa ronda os 200 milhões de euros.
Para o presidente do Governo dos Açores o objectivo passa por encontrar um “parceiro estratégico” que garanta “robustez” à transportadora aérea açoriana. Vasco Cordeiro falava segunda-feira em São Miguel na sessão de batismo do novo avião da Azores Airlines, o Airbus 321 Neo. A A.A., que faz voos dentro e fora do arquipélago, “opera, atualmente, numa realidade bastante diferente da do passado recente”, sublinhou Vasco Cordeiro, lembrando que “há pouco mais de três anos operavam regularmente nos Açores duas companhias com gestão 100% pública [TAP e A.A.]”.
Cordeiro garante que “mesmo a nível europeu, em cerca de uma década, grandes companhias aéreas de bandeira foram absorvidas por capitais privados e, mais recentemente, mesmo companhias de baixo-custo, consideradas o modelo de sucesso da aviação civil, estão a enfrentar graves constrangimentos operacionais”.
“O grande desafio que a A.A. enfrenta não se resume a uma questão de capital. O grande desafio tem a ver, sobretudo e numa primeira fase, com a aliança a um parceiro estratégico que possa trazer consigo, ou que possa congregar à sua volta, o reforço da capacidade operacional, da capacidade técnica, de frota e de recursos, entre outros, que alavanquem a actividade da empresa”, explicou o presidente do Governo Regional. Segundo o Bloco de Esquerda o valor da dívida é “impagável” e neste momento os salários são pagos com recurso a empréstimos bancários. De acordo com o relatório de contas de 2016, o Grupo SATA, que opera também a SATA Air Açores para os voos internos no arquipélago, registou prejuízos de 14.186 milhões de euros, uma redução de 36% face aos prejuízos de 22.175 milhões de euros em 2015.
A SATA foi fundada em 1941 e ao longo dos últimos anos reduziu frotas, renegociou a dívida e criou novas empresas. Mas pelos vistos os esforços não foram suficientes para evitar a privatização que agora se veio a confirmar.
GACS/Milénio Stadium

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