Portugal

Mais de 1200 fogos e 5477 hectares de área ardida este ano

Lousã ,13 – 08 -17 – Incêndios na Lousã – Covelos.
Maria João Gala / Global Imagens

Os mais de 1200 incêndios rurais que ocorreram desde o início do ano provocaram 5477 hectares de área ardida, valores superiores aos registados em igual período de 2020, revelou a Proteção Civil.

Dados enviados à agência Lusa pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) mostram que se registaram, entre 1 de janeiro e 25 de março, 1227 incêndios e um total de 5477 hectares de área ardida, 83% dos quais em matos.

A Proteção Civil apenas refere que os números deste ano se “encontram acima dos valores ocorridos em 2020 para igual período”.

Comparando com os relatórios de incêndios rurais de 2020 do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) concluiu-se que este ano os fogos mais do que duplicaram em relação a março de 2020 e a área ardida é quase sete vezes mais.

Entre janeiro e março de 2020 tinham ocorrido 528 incêndios, contra os 1227 registados até 25 de março de 2021, e a área ardida situava-se nos 786 hectares, enquanto este ano já arderam 5477 hectares.

Os dados da ANEPC enviados à Lusa indicam também que foi nos distritos de Vila Real (236), Braga (151) e Viseu (150) que ocorreram mais incêndios desde janeiro.

Segundo a Proteção Civil, este ano ocorreram dois incêndios considerados de “grande dimensão” nos concelhos de Seia e Castro Daire.

No combate aos 1227 incêndios estiveram envolvidos, desde o início do ano, 13739 operacionais e 4036 veículos e foram efetuadas 201 missões aéreas.

Ressalvando que a competência para investigar os incêndios rurais é da GNR e da Polícia Judiciária, a ANEPC dá conta que as causas destes incêndios resultam essencialmente do uso do fogo para a queima de sobrantes agrícolas e florestais e renovação de pastagem para os animais.

Na quinta-feira, a GNR anunciou que foram detidas oito pessoas por incêndio florestal desde o início do ano e 99 identificadas.

A GNR reiterou que é proibido queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração florestal ou agrícola sem comunicação prévia ou pedido de autorização e que não se deve fazer queimas com tempo quente e seco ou com vento, devendo ser escolhidos dias nublados e húmidos.

Esta semana, a Câmara de Montalegre alertou para uma “situação de calamidade” no concelho por causa dos incêndios, numa média de 10 ignições por dia este mês de março.

JN

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