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Farmácias fora da fase inicial de vacinação

 

Farmácias fora da fase inicial de vacinação
Moscavide-01/11/2017- Vacina‹o da gripe do Secret‡rio de Estado da Saœde, Manuel Delgado, e da Diretora-Geral da Saœde, Graa Freitas.
(PAULO SPRANGER/Global Imagens)

Vacina da covid-19 será universal, gratuita e facultativa. Grávidas e crianças não abrangidas. Pfizer prevê vacinar 300 mil portugueses. Ministra tenta travar euforia e alerta que processo será longo.

A vacina contra a covid-19 será de acesso universal, gratuita e facultativa. Numa fase inicial será administrada apenas no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A possibilidade de serem montados pavilhões de campanha ou de ser aproveitada a rede das farmácias para imunizar a população está, por ora, de parte.

À saída da reunião de trabalho que antecedeu a apresentação do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19, marcada para esta quinta-feira à tarde, a ministra da Saúde não se comprometeu com datas para o arranque da campanha no país. Mas procurou moderar os entusiasmos – alimentados ao longo do dia pela notícia de que o Reino Unido está pronto para avançar com a vacinação na próxima semana (ler ao lado) -, avisando que há um longo caminho pela frente.

“Temos de ter a perceção de que será um processo longo, não se concretizará num único dia nem num período de tempo curto”, afirmou. E por isso, acrescentou, “teremos de garantir que não nos afastamos das regras que nos habituámos a cumprir”.

Marta Temido adiantou que Portugal vai gastar 200 milhões de euros na aquisição de mais de 22 milhões de doses de vacinas (o suficiente para imunizar toda a população com duas doses), mas ressalvou que há ainda “muitas incertezas” no processo. Desde logo, não se conhece a duração da imunidade e os dados disponíveis não recomendam a toma da vacina por crianças e grávidas, explicou a ministra.

O facto de ainda não serem conhecidos os resultados dos ensaios de fase 3 e de as vacinas ainda não estarem aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), “um passo absolutamente imprescindível”, são outras incertezas.

De acordo com a EMA, a vacina da Pfizer BioNTech poderá ser aprovada numa reunião extraordinária dia 29 de dezembro e a da Moderna a 12 de janeiro. Em caso de aprovação, a diretora médica da Pfizer, Susana Castro Marques, admitiu ontem à RTP que a vacina pode chegar a Portugal logo no dia 1 de janeiro. Já o diretor-geral da Pfizer Portugal, Rui Teixeira, prevê que a vacina da empresa chegue a 300 mil portugueses (duas tomas) na primeira fase.

Expandir vacinação

Certo é que o processo deverá estender-se por vários meses. A ministra referiu que inicialmente haverá “um cenário de escassez de vacinas”, o que obrigou definir os grupos prioritários, e que depois “ao longo do ano” os cenários serão de “maior disponibilidade”. “No final do ano, haverá uma distribuição muito mais descentralizada”, disse.

Sobre os locais onde está prevista a vacinação, Marta Temido adiantou que, para já, a administração ocorrerá apenas no SNS, mas admitiu posteriormente “um cenário de maior expansão dos pontos de administração” da vacina. Ontem, os centros de saúde ainda não tinham recebido qualquer informação ou orientação sobre o tema, segundo Diogo Urjais, presidente da associação que representa as USF.

A Ordem dos Farmacêuticos e as associações que representam as farmácias (ANF e AFP) divulgaram, pouco antes do final da reunião no Palácio da Ajuda, em Lisboa, uma carta conjunta, na qual mostram disponibilidade para colaborar na vacinação, aludindo ao que está a ser feito noutros países. Inglaterra, França, Estados Unidos e Austrália têm prevista a inclusão das farmácias na imunização da população.

PORMENORES

Marcelo afasta “ilusões”

O presidente da República não quer “ilusões” sobre a vacina e pede contenção em janeiro e fevereiro. Ao Observador, Marcelo admitiu que a vacinação pode terminar só no fim de 2021.

Coordenar estratégia

A comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, defendeu que os estados-membros da UE deveriam coordenar as estratégias de vacinação, embora a última decisão seja de cada país.

Audição aprovada

A Comissão de Saúde aprovou, por unanimidade, o requerimento do CDS para a audição urgente de Francisco Ramos, coordenador da “task force” do plano de vacinação contra a covid-19.

JN

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