A jogar às cartas em Lisboa, indiferentes ao estado de emergência
Indiferentes ao estado de emergência que vigora no país, um grupo de idosos passou algumas horas da tarde desta quinta-feira nos bancos de jardim da Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, a jogar às cartas, sem qualquer observância das distâncias recomendadas para evitar a contaminação por coronavírus. Só a chegada da Polícia Municipal pôs fim a este habitual convívio.
“É um hábito muito antigo e uma forma de ocuparem o seu tempo, contra o qual nada tenho”, esclarece Fernando Braamcamp, presidente da Junta de Freguesia do Areeiro, que deu conta do que se estava a passar e, de imediato, solicitou à Câmara, a intervenção da Polícia Municipal.
“Aqui, ou em qualquer outra parte da cidade ou do país, as pessoas têm de perceber que, na época que estamos a viver, temos mesmo de mudar hábitos, mesmo que alguns estejam enraizados há muitos anos”, sublinhou o autarca.
Fernando Braamcamp, que além de autarca do Areeiro, reside naquela zona da capital, diz que já na quarta-feira tinha reparado que o ajuntamento diário para o jogo de cartas se mantinha apesar da pandemia, mas, depois da declaração do estado de emergência por parte do presidente da República, não teve alternativa a não ser solicitar a intervenção da Polícia Municipal.
Ao JN, o autarca contou que os idosos “acataram bem” a ordem da polícia, que, sublinha “teve uma atuação pedagógica”. “É preciso explicar às pessoas que elas não estariam a fazer nada de mal se não fosse a situação de exceção que vivemos. A ideia não é reprimir, mas sim informar, porque estes comportamentos não podem mesmo acontecer atualmente. As pessoas têm de se resguardar nas suas casas”, conclui Fernando Braamcamp.
JN
Redes Sociais - Comentários