Opinião

Foi impedida de falar na altura e agora desapareceu

A ser verdade e provado, pode-se considerar um crime ou um jogo para liderar o mundo economicamente

Uma médica de nacionalidade chinesa (claro, foi na China), no fim de dezembro fotografou um relatório médico e escreveu nas redes sociais Coronavírus SARS, segundo informação passada pelo programa da CBS de jornalismo de investigação do programa australiano 60 minutos.

O episódio chegou ao ponto dos superiores da médica lhe exigirem silêncio e agora ninguém sabe onde ela está. Não lhe foi permitido que divulgasse o perigo do vírus, segundo o programa da CBS, e o regime não acreditou no que ela e o seu colega, Li Wenliang, tinham descoberto. Esquisito é que o pobre Li acabou por morrer vítima da Covid-19 e ela foi silenciada. Engraçado é que agora desapareceu e ninguém sabe onde ela está – pena é que notícias deste tipo não se ouvem em horário nobre.

No entanto, a sorte é que a autoestrada da comunicação está aberta 24 sobre 24 e certas coisas vão-se sabendo. Acho que a comunicação social, para o bem da sociedade, não se sente confortável a passar notícias deste tipo, mas ainda bem que existem programas e pessoas com capacidade de investigar casos como este. Os jornalistas da CBS foram heróis – num dos recentes episódios do programa também tentaram investigar a lenta resposta das autoridades chinesas a esta crise e o que aconteceu a quem tentou denunciar a propagação deste vírus. Dizem que Ai Fen (nome da médica) é uma das personagens principais mas só aparece em fotografia – é diretora do departamento de emergência do Hospital Central de Wuhan, onde os primeiros casos de Covid-19 foram registados, mas ninguém sabe onde está agora, só se sabe que o seu colega morreu.   

Na altura, a médica percebeu que os pacientes não estavam a responder aos tratamentos normais e começou a desconfiar que o seu país podia estar às portas de uma nova pandemia. E aconteceu mesmo – tentou falar com os seus superiores, mas segundo a notícia da CBS de jornalismo de investigação recebeu ordens para não espalhar a notícia e, para piorar, ainda lhe deram uma reprimenda por ter  começado a alertar os outros colegas do hospital para o problema. É com isto que vivemos. Para ajudar a piorar as coisas, todo o pessoal médico recebeu ordens para não espalhar o pânico – a sorte foi que a médica recorreu a outros meios e de alguma forma tentou alertar a população para os perigos que se aproximavam. Teve ajuda da revista chinesa Renwu, que publicou uma entrevista com a médica onde ela denuncia o silêncio imposto pelas autoridades de saúde locais sobre tudo o que a própria tinha denunciado perante os colegas. Na altura a própria sentia-se arrependida por não ter falado com mais gente para passar a notícia para a praça pública – segundo as suas palavras os primeiros casos que ela associou a esta nova pandemia datam de 16 de dezembro. Segundo a investigação da CBS, para tentar esconder as coisas o hospital mudou os diagnósticos para pneumonia viral e infeção genérica nas fichas dos primeiros doentes. Obrigado ao programa 60 minutos da Austrália pela publicação de tudo o que descobriu. 

Meus caros leitores, assim se ganha uma guerra silenciosa sem ter que usar bombas, balas e nem uma pinga de sangue aparecer no chão. Por vezes o inimigo do ser humano faz coisas que destroem muito inocente e boa gente como agora está a acontecer, tudo para liderar a economia a nível mundial como assim provavelmente pode vir acontecer.

Que isto sirva de exemplo para o futuro de toda a sociedade e que os grandes líderes mundiais depois de tudo passar sejam mais unidos. Continue a ficar em casa e a manter distâncias.   

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