Carlos Monteiro

O futuro está… no ar!

Longe vai o tempo dos burros, cavalos e coches, do transporte com recurso à bicicleta, motorizada e, brevemente, automóveis. A humanidade evoliu mais do que nunca nos últimos dois séculos em termos de tecnologia nos meios de transporte.

A AirBus e a RATP, companhia de transportes urbanos de Paris, lançaram-se no desafio de explorar a possibilidade de integrar veículos voadores nos transportes públicos parisienes. Tudo até 2024, altura em que se realizarão os Jogos Olímpicos naquela cidade.

O objetivo é reduzirem o tempo de viajem entre o Aeroporto Internacional Charles de Gaulle e o centro da cidade. Este projeto permitirá o fornecimento de um serviço de transporte entre dois pontos aos viajantes, que beneficiarão de um serviço muito vantajoso em termos de mobilidade sustentável e compartilhada, através de veículos autónomos e elétricos.

Os desafios são muitos. Desde logo conseguir ter táxis voadores com autonomia e segurança suficientes para a prestação deste serviço, mas também, assegurar a integração desta novidade no sistema existente de táxis, suas infraestruturas e regulamentações. A tudo isto acresce a necessidade de patrulhamento e controlo aéreo que não entre em conflito com os sistemas de controlo aéreo de aviões em aeroportos, por si só, bastante congestionados.

A AirBus e Paris não são os únicos interessados nesta corrida aos meios de transporte voadores. A Uber já tinha anunciado no ano passado que estaria em condições de oferecer os seus serviços através de veículos voadores em 2023. A Uber Elevate e a parceira Hyundai apresentaram já este ano, no Salão de Eletrónica de las Vegas – CES 2020, um táxi voador 100% elétrico. O Urban Air Taxi consiste num mini-avião com capacidade máxima para quatro passageiros, mais o piloto, embora esteja nos planos ser conduzido de forma autónoma, ou seja, sem haver necessidade de um piloto. O Urban Air Taxi vai ter capacidade de voar até 100km de distância, a uma altitude entre os 300 e 600 metros, e pode atingir uma velocidade máxima de 290km/h.

Também a Toyota anunciou recentemente um investimento no valor de 400 milhões de dólares na empresa Joby Aviation, para o desenvolvimento de veículos voadores elétricos.

Ainda no campo dos avanços na área da aeronáutica, a AirBus anunciou recentemente que completou com sucesso os testes de descolagem de aviões sem recurso ao piloto e, brevemente, será também testada a fase da aterragem sem intervenção humana. O objetivo será tornar as suas aeronaves completamente autónomas, utilizando pilotagem com recurso humano apenas quando for estritamente necessário, como por exemplo, situações de emergência.

Os avanços dos meios de transporte tiveram um papel determinante na globalização e no desenvolvimento da sociedade moderna. Serão os veículos voadores elétricos, realmente, uma solução  de transporte sustentável e o próximo passo na evolução tecnológica amiga do ambiente?

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