Opinião

Afinal no que ficamos?

Vale tudo e contra todos. Que coisinha fraca a representar o cidadão, temos um presidente da Assembleia da República tão fraquinho. Pessoalmente nunca o considerei o meu representante – fraco político e não sabe fazer mais nada a não ser viver à custa dos impostos dos pobres. E temos a líder da bancada socialista, Ana Catarina Mendes, que ficava bem mas era calada. Cada vez que abre a boca só sai asneira, que raio de exemplo é esta senhora?

Será que vale a pena celebrar o 25 de Abril este ano?

Primeiro, depois da exigência a todos os portugueses para manter distâncias, cancelamento de casamentos, cancelamento das tradições como festas e romarias, a Páscoa, entre outras, proibido participar em funerais e a família só os mais chegados, etc.

Segundo, é uma decisão dos políticos e contra a vontade da grande maioria, porque se sente revoltada por tudo o que nos rodeia com esta pandemia e tanta exigência.

Terceiro, os benefícios são nenhuns e todos compreendem que a não celebração nada de mal tem e ninguém levava a mal. Isto é, vaidade política e populismo.

Quarto, foi uma decisão por alguns incompetentes terem feito pressão para que se celebrasse, como Manuel Alegre, Ferro Rodrigues, etc. – que têm feito estes em prol do bem do país? Ninguém lhes tira o seu valor, agora gozar com a cara dos portugueses, isso não.

Não, vale a pena celebrar!

Portugal renova o estado de emergência – vamos para o terceiro – com exigências brutais para todos, o Governo coloca os alunos em casa com aulas à distância, sem condições nenhumas, uma vergonha, muitos professores a reclamar. O mais grave é que os que deveriam dar o exemplo aos mais novos são os que fazem o que muito bem lhes apetece – gozam com a cara do todos e alguns dizem “amem por conveniência”. E os políticos a procurar o populismo e não o bem do país nem das pessoas, procuram sim o bem dos próprios.

Sem dúvida alguma o 25 de Abril é uma data importante e todos, ou quase todos, sabemos que o 25 de Abril de 1974 se deve a um grupo de militares que derrubou a ditadura em Portugal e devolveu a liberdade à população. Todos ou quase todos sabemos que os anos 70 foram marcantes para a democracia em Portugal.  Em fevereiro de 1974, Marcelo Caetano é forçado pela velha guarda do regime a destituir o general António de Spínola e os seus apoiantes. Conhecidas as divisões existentes no seio da elite do regime, o MFA decide levar adiante um golpe de Estado – o movimento nasce secretamente em 1973. Houve muitos envolvidos e uns com mais importância que outros. Todos ou quase todos sabemos que Otelo Saraiva de Carvalho escreveu em 26 folhas A4 o plano de operações do golpe militar que derrubou quase meio século de ditadura fascista em Portugal – tantos que colocaram a vida em perigo!

25 de Abril 1974 registou um marco incomensurável de amor à liberdade e de defesa dos Direitos Humanos, pela democracia e valores civilizacionais, graças àqueles verdadeiros patriotas, cientes do perigo de vida que corriam, nomeadamente de que caso falhassem o bem-estar das suas famílias seria duramente afetado. Todos os portugueses agradecem e dão valor aos heróis que o serão sempre.

Estou do lado dos que discordam das celebrações este ano pelos motivos que todos sabemos: o 25 de Abril não se fez para separar ainda mais as elites do povo, nem para que uns fossem mais livres do que os outros. A democracia veio para sermos todos iguais e livres, por isso os políticos que respeitem. Não precisamos de um Portugal para os políticos e outro para o resto dos cidadãos.

25 de Abril sempre, mas este ano nada de celebrações. Respeitem os que estão na linha da frente por todos nós.

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