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Subida do salário mínimo no Ontário leva proprietários de negócios a subir preços e a considerar reduzir pessoal de trabalho

O novo salário mínimo de 14 dólares por hora do Ontário só entra em vigor no dia 1 de janeiro, mas Chris Stevens já tomou medidas para garantir que o seu restaurante consegue suportar a carga adicional.

O coproprietário da Kaboom Chicken, no bairro Leslieville de Toronto, subiu os preços do menu em antecipação à subida salarial. Ele e o seu parceiro de negócios também preveem reduzir o horário da equipa no ano novo e, eles próprios, assumirem mais trabalho para poupar dinheiro.

O Dia de Ano Novo marca o primeiro de dois aumentos agendados, com o segundo a ocorrer no dia 1 de janeiro de 2019, altura em que o salário mínimo passará para 15 dólares por hora. Depois disso, será ajustado para acompanhar a inflação.

O governo do Ontário diz que a mudança trará maior poder de compra para as famílias que trabalham e uma economia mais sólida em geral, mas muitos proprietários de pequenas empresas em toda a província estão a perguntar-se como manterão os lucros diante dos crescentes custos da folha de pagamento.

A loja de bicicletas de Toronto, Enduro Sport, de Dan Rishworth, emprega sete trabalhadores a tempo inteiro e contrata vários jovens como trabalhadores sazonais, durante o verão, quando o negócio cresce. O aumento do salário mínimo pode resultar num menor número de trabalhadores contratados para a loja no verão, alertou Rishworth.

O Escritório de Responsabilidade Financeira do Ontário – uma agência de vigilância independente que reporta à legislatura provincial – estimou que as subidas do salário mínimo poderiam resultar numa perda de 50 mil empregos, na medida em que os empregadores terão dificuldade em suportar os custos de pessoal.

Mas o salário mínimo mais alto também aumentaria o gasto dos consumidores, “estimularia a atividade económica e levaria à criação de emprego (que poderia) compensar parte da perda de emprego”, refere o escritório.

O ministro do Trabalho do Ontário, Kevin Flynn, por seu lado, disse na semana passada que não acredita nas previsões de “desgraça e tristeza” sobre o aumento do salário mínimo prejudicar as empresas ou levar ao desemprego.

“Nós aumentámos o salário mínimo em 70 por cento desde 2003 e vimos um aumento do emprego nesse período”, observou Flynn, durante uma conferência de imprensa.

Em junho, mais de 50 economistas em universidades de todo o Canadá, coescreveram uma carta aberta que apoia o plano de salário mínimo de 15 dólares do Ontário, em parte, disseram, porque os salários mais altos contribuem para uma economia mais forte.

Mas alguns proprietários de pequenas empresas estão céticos de que virão a ter algum benefício financeiro com a medida.

Stevens salientou que não há garantia de que o salário mínimo mais alto levará a um maior consumo, particularmente em restaurantes e bares.

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