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Trump admite dívidas de 400 milhões. Nenhuma a “tipos sinistros”

Trump admite dívidas de 400 milhões. Nenhuma a "tipos sinistros"
US President Donald Trump reads figures from a document as he participates in an NBC News town hall event at the Perez Art Museum in Miami on October 15, 2020. (Photo by Brendan Smialowski / AFP)

Donald Trump, admitiu que tem dívidas de 400 milhões de dólares, “um amendoim” comparado com o que vale. “Algumas são favores” aos bancos, disse.

O presidente dos EUA, Donald Trump, admitiu que tem dívidas de cerca de 400 milhões de dólares (cerca de 340 milhões de euros) a entidades desconhecidas. O valor foi adiantado numa investigação do jornal “The New York Times” (NYT), na qual revelou que Trump pagou apenas 750 dólares (639 euros) de impostos federais em 2016, quando foi eleito, e no ano seguinte.

“Quatrocentos milhões de dólares comparado com o património que tenho, todas as excelentes propriedades pelo mundo fora…” disse Trump, interrompido pela moderadora, durante um debate no canal de televisão NBC, na Florida.

“Está a admitir que tem 400 milhões de dólares de dívidas?”perguntou Savannah Guthrie. “O que estou a dizer é que isso é uma pequena percentagem do meu valor líquido”, disse Trump. “Esse montante – 400 milhões, é zero, nada”, acrescentou o presidente norte-americano.

“Na verdade, algumas das dívidas foram constituídas em instituições que me queriam emprestar dinheiro”, justificou o presidente dos EUA, que disse não saber se devia dinheiros a bancos estrangeiros, nomeadamente russos.

Trump disse que não deve dinheiro “a tipos sinistras” e mostrou-se disponível para dizer aos americanos quais as instituições em que tem débitos, apesar de continuar a negar apresentar as declarações fiscais dos últimos anos, nas quais, segundo o NYT, pagou apenas 750 dólares de taxas federais em 2016 e 2017 e nada durante outros anos fiscais, acumulando grandes prejuízos financeiros nos negócios.

À mesma hora que Trump era questionado na NBC, a partir da Florida, o opositor democrata, Joe Biden, respondia a perguntas canal de televisão ABC, num debate transmitido a partir de Filadélfia, na Pensilvânia.

Candidatos em discordância profunda sobre a gestão da pandemia

Os candidatos às presidenciais norte-americanas mostraram novamente uma profunda discordância sobre a gestão da pandemia, em debates com eleitores em canais diferentes, difundidos à mesma hora, 19 dias antes das eleições norte-americanas.

“Fizemos um trabalho fantástico… As vacinas estão a chegar e os tratamentos estão a chegar”, disse o Presidente dos Estados Unidos, no canal de televisão NBC, a partir da Florida.

“Encontramo-nos numa situação em que temos mais de 210 mil mortos e o que está ele [Trump] a fazer? Nada”, criticou o candidato democrata no canal de televisão ABC, a partir de Filadélfia.

Os dois candidatos às eleições presidenciais de 3 de novembro participaram à mesma hora em dois programas televisivos com perguntas de eleitores, em substituição do debate proposto para o mesmo dia em formato virtual, que Trump recusou.

Na semana passada, o bilionário republicano recusou participar no segundo debate da campanha, marcado para quinta-feira, quando os organizadores anunciaram que seria feito de forma virtual, como medida de precaução, caso Trump, que esteve infetado com covid-19, ainda estivesse contagioso.

Trump irritado com perguntas sobre o uso de máscara

No debate de quinta-feira à noite, madrugada em Portugal continental, Trump mostrou-se tenso e irritado com as perguntas, especialmente sobre o porquê de usar tão pouco a máscara.

“Sou Presidente, tenho de ver pessoas… Não posso estar fechado numa bela sala algures na Casa Branca”, ironizou.

O candidato republicano também recusou condenar explicitamente o movimento de conspiração QAnon, esteve por trás do “pizzagate”, entre outras teorias da conspiração, segundo a qual os democratas geriam uma rede de rapto de crianças para pedofilia através de pizarias nos EUA.

“Não sei nada sobre QAnon”, disse Trump, antes de assegurar que concordava com as posições do movimento “contra a pedofilia”.

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