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Sanofi vai enfrascar 100 milhões de vacinas da Pfizer/BioNTech

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Sanofi will help Pfizer and BioNTech to produce their Covid-19 vaccine and should package more than 100 million doses for the European Union by the end of 2021, the general manager of the French laboratory announced on January 26, 2021 in an interview with Le Figaro. (Photo by MEHDI FEDOUACH / AFP)

 

A Sanofi vai enfrascar e acondicionar as vacinas contra a covid-19 dos seus concorrentes Pfizer e BioNTech, anunciou o diretor-geral daquela farmacêutica francesa, Paul Hudson.

Sem ter ainda uma vacina própria, o laboratório vai ajudar a embalar mais de 100 milhões de doses da rival norte-americana, destinadas à União Europeia, após o Governo francês lhe ter pedido, várias vezes, para disponibilizar as suas linhas de produção aos concorrentes.

Numa entrevista ao jornal Le Figaro, Paul Hudson explicou que a Sanofi vai utilizar a sua fábrica na Alemanha, em Frankfurt, para embalar a vacina que lhe será fornecida pela Pfizer e BioNTech a partir de julho. “Estando este local de produção localizado perto da sede da BioNTech [em Mainz], isso vai facilitar o processo”, defendeu o CEO do grupo francês.

O acordo é alcançado num momento em que vários laboratórios estão em dificuldades para manter as cadências de produção elevadas de forma a respeitar os contratos de distribuição que assinaram.

O grupo americano Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech foram os primeiros a advertir, este mês, que não conseguiriam cumprir a calendarização inicialmente acordada com a União Europeia, antes de dizer que podiam limitar a uma semana o atraso nas entregas.

Na semana passada, foi a vez da britânica AstraZeneca, cuja vacina ainda não foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), indicar que as suas entregas seriam inferiores ao previsto no primeiro trimestre, causando a indignação da União Europeia.

Hoje mesmo, a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, pressionou os fabricantes ao dizer que devem “honrar as suas obrigações”. “A Europa investiu milhares de milhão [de euros] para desenvolver as primeiras vacinas e criar um verdadeiro bem comum a nível mundial. Agora é a vez de as empresas cumprirem as suas promessas”, defendeu a presidente da CE.

Em resposta, o diretor-geral da AstraZeneca, Pascal Soriot, garantiu ao Le Figaro que o seu grupo “com certeza não tira vacinas aos europeus para vendê-las com lucro noutros locais”, mas falou em preocupações relacionadas com a produção que têm de ser resolvidas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.149.818 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins, dos EUA. Em Portugal, morreram 11.012 pessoas dos 653.878 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

JN/MS

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