Pelo menos 210 jornalistas morreram nos últimos três meses devido à covid-19, muitos depois de cobrir notícias sobre a pandemia e quase metade na América Latina, informou uma Organização Não-Governamental Press Emblem Campaign (PEC).
Segundo a organização, que recolhe dados sobre ataques a jornalistas, registaram-se mortes de jornalistas na América Latina, Europa, na Ásia, América do Norte e em África.
Pelo menos dois terços dessas mortes estiveram diretamente relacionadas com a atividade jornalística, afirmou a ONG, sublinhando que o número real de profissionais de comunicação mortos na pandemia pode ser maior, uma vez que muitos casos não foram registados.
O Peru foi o país do mundo com mais vítimas confirmadas, seguido pelo Brasil e pelo México, e depois pelo Equador e pelos Estados Unidos.
“Os trabalhadores de comunicação social têm um papel importante a desempenhar na luta contra o novo vírus, precisam de informar sobre a propagação da doença, mas vários morreram devido à falta de medidas de proteção adequadas no exercício da sua atividade”, afirmou o secretário-geral do PEC, Blaise Lempen.
Centenas de outros jornalistas foram contagiados com a doença da covid-19, que também forçou o encerramento temporário de vários meios de comunicação, disse o PEC, com base em dados de associações nacionais de jornalistas e colaboradores da organização.
Os nomes dos jornalistas que morreram na pandemia e que foram registados pela Organização Não-Governamental podem ser encontrados no seu site oficial www.pressemblem.ch
pressemblem/MS
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