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Médicos alemães querem voltar a confinar para evitar terceira vaga

Médicos intensivistas alemães pediram, esta segunda-feira, um “regresso imediato” do país ao confinamento, de modo a evitar uma terceira vaga da pandemia. O país tem sofrido um aumento gradual no número de novos casos de covid-19.

“Devido aos dados que temos e com a propagação da mutação britânica, nós aconselhamos vivamente um regresso imediato ao confinamento para evitar uma forte terceira vaga”, disse Christian Karagiannidis, diretor dos cuidados intensivos da Alemanha, à emissora nacional RBB.

Tal como muitos outros países europeus, a Alemanha esteve em confinamento nos dois primeiros meses do ano. No final de fevereiro, aliviou as restrições com a abertura das escolas, cabeleireiros e outros negócios não essenciais, como museus e outras instituições culturais, e desde aí que o país tem sofrido um aumento gradual do número de casos.

“Não ganharemos muito em ficar abertos durante as próximas semanas, porque isso só nos levará rapidamente a um nível elevado e fará com que seja duas vezes mais difícil empurrar os números para baixo”, afirmou Karagiannidis, que trabalha para a Associação Interdisciplinar Alemã de Medicina Intensiva e de Emergência (DIVI), que avalia a capacidade dos cuidados intensivos nos hospitais alemães.

Os números da DIVI mostram que a Alemanha tem atualmente cerca de 2.800 pessoas em cuidados intensivos, mas Karagiannidis garantiu que o número pode aumentar para “cinco mil ou seis mil” se os governos regionais não responderem, imediatamente, ao aumento do número de casos com medidas mais restritas.

“É evidente que os números dos cuidados intensivos vão aumentar rapidamente se dermos uma oportunidade ao vírus”, rematou o médico, que aconselhou o governo a prosseguir com a vacinação das pessoas com mais de 50 anos.

A incidência semanal da pandemia de covid-19 no país está a subir, situando-se em 82,2 contágios por cada 100 mil habitantes, enquanto, na semana passada, a incidência era de 68 contágios por cada 100 mil habitantes. A Alemanha registou, nas últimas 24 horas, mais 6.604 casos de infeção por SARS Cov-2 e 47 mortes, de acordo com os dados do Instituto Robert Kock, que revelam um agravamento face a segunda-feira passada.

A porta-voz da Chanceler Angela Merkel, numa conferência esta segunda-feira, afirmou que a recente flexibilização das restrições pode ser invertida se os números continuarem a aumentar.

Já na semana passada, o chefe da agência alemã de controlo de doenças, Lothar Wieler, advertiu que a terceira vaga já tinha começado. “Devemos evitar a mesma situação em que nos encontrávamos antes do Natal, com muitas infeções, muitos casos graves e muitas mortes”, disse Wieler, chefe do Instituto Robert Koch (RKI) para a saúde pública.

Na Alemanha, a pandemia já fez 73.418 mortos e provocou 2.575.849 contágios, sendo que 2.365.100 alemães sobreviveram à doença.

JN

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