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Johnson & Johnson quer testar vacina em recém-nascidos, crianças e grávidas

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A Johnson & Johnson vai alargar os ensaios clínicos da vacina a recém-nascidos, crianças e mulheres grávidas. Foto: Carlos Barroso/Lusa

A Johnson & Johnson planeia alargar os ensaios clínicos da vacina contra a covid-19 a recém-nascidos, crianças e grávidas. A farmacêutica quer analisar a segurança e a resposta imunitária da vacina em pessoas com um sistema imunitário frágil.

O plano de expansão dos ensaios clínicos conta com o apoio do diretor do Programa de Vacinas de Precisão do Hospital Infantil de Boston, em Harvard, Ofer Levy, e de um membro do comité da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla inglesa), que reviu os dados sobre a vacina da empresa.

“Não entraram [os cientistas da empresa] em muitos pormenores sobre o assunto, mas deixaram claro que irão prosseguir os estudos de imunização pediátrica e materna contra o coronavírus”, disse Levy ao jornal “The New York Times”. Um porta-voz da farmacêutica Janssen, responsável pela produção da vacina e uma filial do grupo Johnson & Johnson, confirmou que a empresa planeia alargar os ensaios clínicos às crianças.

A empresa norte-americana vai testar primeiro a vacina em crianças com mais de 12 e menos de 18 anos, mas planeia rapidamente iniciar um estudo que inclua recém-nascidos e adolescentes. As mulheres grávidas e as pessoas imunossuprimidas também estão incluídas. A farmacêutica norte-americana pretende analisar a segurança e a resposta imunitária da vacina nestes grupos.

A vacina da Johnson & Johnson utiliza um método que tem sido muito testado durante os últimos anos. Baseia-se num adenovírus incapacitado, semelhante ao vírus que causa a gripe comum, que fornece instruções às células para fazerem cópias breves da proteína do vírus. Assim, o sistema imunitário do recetor consegue produzir os anticorpos necessários para bloquear a infeção por covid-19.

As vacinas existentes contra o adenovírus englobam uma para o Ébola, que foi administrada com segurança em bebés com um ano de idade, e outra para o vírus sincicial respiratório que foi administrada, também com segurança, a recém-nascidos. Cerca de 200 mil pessoas receberam vacinas contra o adenovírus, sem graves problemas de segurança, disse o Ofer Levy ao “The New York Times”. Segundo o médico, a Johnson & Johnson mencionou esses dados na reunião da FDA para validar o alargamento dos ensaios clínicos da vacina a outros grupos.

A vacina da Johnson & Johnson é administrada numa única dose e foi aprovada para uso de emergência, no sábado passado, nos Estados Unidos da América. Já a Agência Europeia do Medicamento deve aprovar a vacina no início de março e até abril deve começar a ser distribuída pela União Europeia.

JN/MS

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