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Gerar bitcoins pode ameaçar metas climáticas da China

(FILES) In this file photo taken on January 26, 2020 The photo shows a physical imitation of a Bitcoin in Dortmund, western Germany. – Bitcoin has enjoyed a record-breaking week after electric carmaker Tesla and Wall Street finance giants sparked a goldrush for the world’s most popular virtual currency, but bubble fears persist. The cryptocurrency topped $52,000 on March 17, 2021 after investment fund giant BlackRock also confirmed a push into the booming sector. (Photo by INA FASSBENDER / AFP)

O consumo excessivo de energia e as emissões de carbono associadas à mineração da criptomoeda bitcoin na China podem comprometer os esforços globais de sustentabilidade ambiental.

De acordo com um estudo publicado na revista “Nature Communications”, as chamadas minas de bitcoins irão gerar mais de 130 milhões de toneladas de emissões para a atmosfera até 2024, o equivalente às emissões do Catar e da República Checa juntas. Mas, antes de mais, vamos aos conceitos: minas de bitcoins (moeda digital) não são escavações nem caminhos subterrâneos nem depósitos naturais de minérios, mas, como estes, também são fonte de riqueza. De forma simples, minerar bitcoins é fazer funcionar a rede bitcoin.

As minas de bitcoins chinesas, que consomem enormes quantidades de eletricidade, alimentam cerca de 75% da produção mundial de criptomoedas. Desses, 40% são movidos a carvão, enquanto os restantes são alimentados com energias renováveis, indica o estudo.

Assim, se não forem implementadas medidas de controlo, o consumo crescente de energia poderá pôr em causa o cumprimento das metas estabelecidas pelo governo chinês em reduzir as emissões de carbono até 2030 e atingir a neutralidade até 2060.

Computadores especiais com altos consumos

A bitcoin e outras criptomoedas dependem de uma tecnologia designada “blockchain”, que consiste numa base de dados partilhada de transações, com entradas que devem ser confirmadas e encriptadas. Esta rede de mineração é gerada por “mineiros ou mineradores” que utilizam computadores poderosos para verificarem as transações e que consomem gigantes quantidades de eletricidade.

“A operação intensiva da ‘blockchain’ de moedas de bitcoin na China pode crescer rapidamente como uma ameaça que pode potencialmente minar o esforço de redução de emissões”, alertou Wang Shouyang, um dos autores do estudo.

Como forma de garantir que a China não se afasta dos objetivos traçados para a redução das emissões, é recomendado que se direcione a mineração de bitcoins para redes elétricas alimentadas por fontes de energia renováveis ao invés de centrais à base de carvão. “Sendo os preços da energia nas regiões de energia limpa da China inferiores aos das regiões alimentadas a carvão, os mineiros teriam então mais incentivos para se deslocarem para regiões com energia limpa”, adiantou Wang.

JN

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