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Europa reabre a várias velocidades mas já caminha para a normalidade

TOPSHOT – People enjoy the sunshine in Battersea Park, central London on March 30, 2021, as England’s third Covid-19 lockdown restrictions eased on March 29, allowing groups of up to six people to meet outside. – England began to further ease its coronavirus lockdown on March 29, 2021, spurred by rapid vaccinations, but governments in the rest of Europe struggled to contain Covid-19 surges. (Photo by JUSTIN TALLIS / AFP)

Franceses e alemães são os mais atrasados na reabertura de comércios e serviços, assim como os checos, que tiveram os piores índices europeus da pandemia.

Itália reabre-se esta segunda-feira, a Bélgica para a semana. Pubs e cabeleireiros ingleses já funcionam, os gregos recebem turistas a partir de dia 15 e os dinamarqueses já vão ao futebol. Alguns destes 10 países europeus analisados já têm o “passaporte covid”. As vacinações ultrapassam os 20%.

Espanha a caminho do normal

Já vacinou 24% da sua população de 46 milhões. Nesta altura soma 78 mil mortes em 3,5 milhões de casos; 3,2 milhões recuperaram.

Espanha termina o estado de emergência a 9 de maio, prevendo-se que as suas regiões autónomas, responsáveis pela implementação das restrições da covid, iniciem a flexibilização. Restaurantes e cafés podem ficar abertos até à noite, grandes eventos ao ar livre e indoor também serão permitidos com restrições de capacidade e a fronteira terrestre será reaberta. Escolas, shoppings e serviços não essenciais vão começar a funcionar com normalidade progressiva.

Grécia reabre-se a turistas vacinados

Com 10,3 milhões de habitantes, já vacinou 21% da população. Regista 345 mil infetados e 10 mil mortos, números bastantes melhores do que Portugal (836 mil casos e 16 mil mortes).

A Grécia deixou passar as festividades da Páscoa Ortodoxa e desconfina a partir desta segunda-feira, reabrindo os serviços ao ar livre para restaurantes e cafés. As lojas não essenciais também voltam a abrir. A partir de 15 de maio, deixará entrar livremente turistas que possuam certificado de vacina contra a covid-19.

França: recolher obrigatório termina em julho

24% de vacinados entre 65 milhões de habitantes. Desde 2020 já teve 5,6 milhões de casos covid e 104 mil mortos. O país começa a reduzir restrições esta segunda-feira, com reinício de voos domésticos. Os alunos do ensino médio retomarão aulas após o encerramento de três semanas. A partir de 19 de maio, a maioria dos serviços não essenciais reabre, assim como museus, teatros, cinemas e salas de concertos. O recolhimento obrigatório só cessa em julho, mas passa agora das 19 para as 21 horas (e para as 23 horas em 9 de junho). Cafés e restaurantes poderão servir no interior já no próximo mês e os ginásios reabrem. Grandes eventos de verão, como festivais de rock, poderão realizar-se para quem tiver “passaporte covid”. Turistas estrangeiros vacinados poderão entrar livremente a partir de 9 de junho.

Itália reabre esplanadas e teatros

Já vacinou 22% da população de 60 milhões. Soma, desde março de 2020, 120 mil mortes entre 4 milhões de infetados por covid.

O país reabre esta segunda-feira museus, teatros e cinemas, que podem funcionar com 50% da lotação. Restaurantes e bares já podem servir em esplanadas (no interior só a 1 de junho). Piscinas, ginásios e parques temáticos devem reabrir no dia 1 de julho. Três quartos das regiões italianas já baixaram para o nível amarela de baixo risco. O recolher obrigatório permanece, ainda assim, em vigor a partir das 22 horas.

Alemanha demora a reabrir

É dos países europeus que mais vacina: 26% dos 84 milhões de habitantes já tomaram o antivírus – a Alemanha bateu mesmo um recorde ao vacinar na passada quinta-feira um milhão de pessoas em 24 horas. Desde o ano passado, morreram 83 mil alemães com covid entre 3,4 milhões de infetados.

O país mantém o recolher obrigatório entre as 22 horas e as 5 da manhã. As medidas de restrição em comércio e serviços serão revistas estes mês, mas, para já, mantém limites de lotação em lojas e centros de lazer. Os contactos domiciliários estão circunscritos à família direta.

Bélgica desconfina para a semana

25% dos 11 milhões de belgas estão vacinados com, pelo menos, uma dose. Até agora registou 990 mil casos covid, com 24 mil mortes.

A partir de 8 de maio, o país permitirá jantares ao ar livre em restaurantes e bares, com fecho obrigatório às 22 horas e mesas limitadas a quatro pessoas. Lojas não essenciais e cabeleireiros reabriram na semana passada.

Holanda suspende recolher obrigatório

Vacinou 23% da sua população de 17 milhões. Mortes desde 2020: 17 mil pessoas. Infetados: 1,5 milhões.

Holanda suspendeu o recolher obrigatório noturno na semana passada e já permite que bares e restaurantes sirvam nas esplanadas, mas as mesas estão limitadas a duas pessoas e o horário é só entre o meio-dia e as 18 horas. As lojas não essenciais reabriram e os holandeses já podem receber até dois convidados em casa a qualquer hora do dia ou da noite.

Reino Unido já vacinou metade da população

49% dos 58 milhões de britânicos já tomaram pelo menos uma dose da vacina contra a covid – é, a par dos EUA, o país mais avançado. Teve 4,4 milhões de infetados e 127 mil mortos.

O desconfinamento começou a meio do mês passado, após um fechamento de quatro meses. Lojas de roupa e cabeleireiros já reabriram, assim como serviços não essenciais como ginásios, bibliotecas e jardins zoológicos. O alojamento turístico volta a ser permitido em Inglaterra, mas só para casas com WC independentes.

República Checa desconfia lentamente

Com 10 milhões de habitantes, a República Checa já vacinou 20% da população. É dos países mais atingidos pela pandemia, com 260 mortes por cada 100 mil habitantes. Desde 2020, já somou 29 mil mortes entre 1,6 milhões de infetados. O país já saiu do estado de emergência e também abandonou, em abril, o recolher obrigatório. Os restaurantes continuam fechados, e os estudantes mantêm-se em casa, com aulas online para o ensino básico, secundário e superior. Timidamente, o governo checo permitiu a reabertura de serviços selecionados como feiras e mercados, papelarias e lojas de roupa infantil, jardins zoológicos e jardins botânicos.

Dinamarca abre mas exige “passaporte”

Com 5,8 milhões de habitantes, já vacinou 23%. Desde 2020, houve 252 mil infetados (239 mil recuperados) e apenas 2489 mortes. A Dinamarca reabriu bares, restaurantes, cafés, museus, cinemas e estádios de futebol na semana passada, mas para entrar é preciso uma “passaporte digital”. A aplicação, que funciona no smartphone, tem que mostrar um certificado de vacinação, ou teste negativo de covid nas últimas 72 horas.

JN

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