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Estónia pede desculpa após ministro chamar “vendedora” a primeira-ministra da Finlândia

Sanna Marin, de 34 anos, tornou-se a mulher mais jovem do mundo a tornar-se primeira-ministra de um país. O feito foi comentado em todo o mundo, mas nem todas as reações foram positivas. O ministro estónio do Interior chamou-lhe “vendedora de loja”, o que motivou um pedido de desculpa da própria presidente da Estónia.

Desde que tomou posse a 10 de dezembro deste ano que Sanna Marin nunca negou as suas origens: foi a primeira da sua família a ter estudos superiores, trabalhou numa caixa de supermercado antes de entrar para a universidade e admitiu que a vida não foi financeiramente estável. O passado da mais jovem primeira-ministra do mundo tornou-se uma arma de arremesso político fora do país.

Mart Helme, atual ministro do Interior da Estónia e líder do partido de extrema-direita EKRE, terá gozado com Sanna Marin durante um programa radiofónico do partido. “Agora vemos como uma vendedora de loja se pode tornar primeira-ministra e como os ativistas de rua e pessoas que não são formadas se podem juntar ao seu gabinete”, disse Helme.

Marin, de 34 anos, e atual líder do Partido Social-Democrata (SDP), substituiu Antti Rinne, que se demitiu no início deste mês após lhe ter sido retirada confiança política pelo Partido do Centro, um dos cinco partidos que governa atualmente a Finlândia.

As declarações do ministro estónio do Interior melindraram o suficiente a relação diplomática entre os dois países. Tanto que a presidente da Estónia, Kersti Kaljulaid, pediu desculpa pelos comentários do compatriota durante uma conversa telefónica com o chefe de Estado da Finlândia, Sauli Niinistö, esta segunda-feira.

Terá também dito estar “envergonhada” com a atitude do líder do EKRE.

No mesmo dia, o líder do EKRE justificou que as declarações sobre a primeira-ministra finlandesa foram, de facto, uma “cortesia”. “É o reconhecimento de que alguém pode passar de uma posição social baixa para o pico da política”, cita a CNN.

Já esta terça-feira, o Parlamento da Estónia emitiu um voto de desconfiança (que não foi aprovado) a Mart Helme pelos comentários feitos a Sanna Marin. O assessor de imprensa de Kersti Kaljulaid terá avançado, segundo a CNN, que o ministro do Interior deveria ser demitido.

Jornal de Notícias

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