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Dinamarca recebe cães rejeitados em Portugal

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Do Centro de Recolha de Guimarães sai, em média, um animal por dia para adoção Foto: Miguel Pereira/Global Imagens

 

Centro de Recolha é um dos que mais dão para adoção. Segredo está em associação de voluntários.

É na parceria com a Sociedade Protetora dos Animais que reside o segredo do sucesso do Centro de Recolha Oficial (CRO) de animais de companhia de Guimarães. Aquela associação de voluntários “trabalha” em estreita cooperação com a veterinária municipal, Guida Vieira e Brito, o que fez com que em 2019 tenha sido adotado quase um animal por dia, em média. Muitos foram para a Dinamarca, onde famílias dinamarquesas preferem os cães grandes e mais velhos, que os portugueses rejeitam.

Quase sempre que uma família procura um animal num canil ou gatil de Portugal, o objetivo é encontrar um de porte pequeno e com idade inferior a quatro meses. Na Dinamarca, país onde os cães escasseiam e que já adotou mais de 100 patudos do canil de Guimarães, as famílias preferem os mais velhos, pois sabem que estão a fazer uma boa ação.

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Com vacinas em dia

O envio de canídeos para a Dinamarca é intermediado pela Sociedade Protetora dos Animais de Guimarães. Os cães são enviados com as vacinas em dia, desparasitados e com o passaporte do animal. “Esta sexta-feira, vão mais 14 que já estão prontos”, revela Guida Vieira e Brito.

A veterinária municipal não poupa nos elogios à Sociedade Protetora que tem sido responsável por uma grande parte das adoções, não só na Dinamarca, mas também em Portugal, através das redes sociais. O Facebook dos “Patudos do CRO” permite “uma maior divulgação” e “sobretudo os vídeos ajudam muito” a aumentar o número de adoções, adianta a veterinária.

Ao mesmo tempo que Guida Vieira e Brito falava ao JN, Soraia entrava no canil. É voluntária ativa da Sociedade Protetora dos Animais e apareceu ali por coincidência, pois vai ao canil muitas vezes. A ocasião foi aproveitada para explicar o projeto com a congénere dinamarquesa. “Eles adotam os cães, mandam-nos o feedback e sabemos que eles estão bem. Eles querem cães geriátricos que as pessoas aqui não querem, é outra mentalidade”, constata.

Tendência de aumento

Em 2019, foram adotados 354 animais de companhia no CRO de Guimarães. Os dados municipais revelam que a maioria foi nos meses de agosto (52) e fevereiro (49). Apesar do ano atípico que está a ser 2020, o número de adoções até aumentou, em julho e agosto, comparativamente aos mesmos meses de 2019.

Ainda assim, há muitos patudos à espera de um lar naquele canil. Como todos os canis em Portugal desde que foi proibido o abate de animais de companhia, o CRO de Guimarães também está sobrelotado. A Câmara teve de adaptar o projeto de alargamento desenhado em 2004 e está a aguardar a entrega para avançar com a obra.

JN/MS

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