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Bolsonaro chama Greta Thunberg de “pirralha” e ela “aceitou”

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, chamou a ativista sueca Greta Thunberg de “pirralha”, após a ambientalista ter alertado para as lutas dos povos indígenas e mostrado preocupação com o assassinato de líderes nativos no Brasil.

Ao sair do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente do Brasil, Bolsonaro questionou a cobertura jornalística dada a Thunberg, de 16 anos, que no último domingo usou a rede social Twitter para partilhar informação sobre o assassinato de mais dois indígenas no estado brasileiro do Maranhão.

“A Greta já disse que os índios morreram porque estavam a defender a Amazónia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí. Pirralha”, declarou o chefe de Estado a jornalistas, em Brasília.

Bolsonaro referia-se às declarações da jovem no Twitter, em que afirmou que “os povos indígenas estão literalmente a ser assassinados por tentar proteger a floresta da desflorestação ilegal. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso”.

Logo após as críticas de Bolsonaro, Greta Thunberg atualizou a sua biografia no Twitter para “pirralha”, o mesmo termo usado pelo chefe de Estado para a descrever.

O comentário de Bolsonaro sobre a adolescente segue a mesma linha daqueles já efetuados pelo seu homólogo norte-americano, Donald Trump, que, em setembro, respondeu sarcasticamente a um vídeo da jovem ativista sobre sofrimento humano, morte de ecossistemas e iminente extinção em massa.

“Ela parece ser uma jovem menina muito feliz, que está a caminho de um futuro maravilhoso e brilhante. Muito bom ver isso”, ironizou Trump na ocasião.

Greta respondeu a Trump da mesma forma que retribuiu a Bolsonaro, colocando na sua biografia do Twitter as observações feitas pelo chefe de Estado.

Thunberg tornou-se um símbolo para os jovens que exigem mudanças radicais para enfrentar as mudanças climáticas, tendo a ativista sueca desencadeado greves escolares globais.

Os seus comentários sobre a morte de indígenas ocorreram no momento em que decorre, em Madrid, a 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, onde as políticas ambientais do Brasil têm sido alvo de críticas.

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