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Dinheiro que não salva o mundo

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O Canadá é um país maravilhoso para se fazer vida. Numa posição mundial, o Canadá fica em segundo, logo a seguir à Suíça em termos de estilo de vida e longevidade da mesma, mas a este ritmo, Toronto, como outras grandes cidades no país, estão a criar um problema enorme.

Excluindo a baixa da cidade (downtown) de Toronto, a cidade em si está cheia de casas com mais de 50 anos, muitas delas passando mesmo os 100 anos da data de construção. Apesar de já serem construções antigas, estas podem facilmente ser encontradas à venda acima de um milhão de dólares, o que está a fazer com que famílias estejam a sair do local onde trabalham diariamente para ir morar a mais de meia hora de distância para conseguir suportar um empréstimo para uma casa.

Apesar de isto não parecer ser um grande problema logo no início, isto é um efeito dominó com causas consequentes. Não só as ruas de Toronto estão constantemente em obras, diminuindo o fluxo de trânsito, mas o facto de famílias inteiras se mudarem para outra cidade e que mantenham o seu emprego em Toronto faz com que filas de espera sem fim preencham as autoestradas que, apesar de serem bastante largas, continuam sem conseguir dispersar o trânsito a tempo suficiente a que não cause os tais engarrafamentos. Isto faz com que uma viagem que era suposto durar entre 30 a 40 minutos, se torne em viagens de 1h30 a 2 horas.

Este problema mais uma vez tem um fator catastrófico a ser adicionado à conta. Quanto mais um veículo se encontrar ligado, mesmo não estando em movimento, está a libertar dióxido de carbono, piorando ainda mais os efeitos de estufa e ajuda a deteriorar as alterações climáticas.

Estima-se que, a este ritmo, estamos a uma distância de entre sete a 10 anos até que o planeta Terra entre num ciclo irreparável e que não tenha mais um ponto de retorno. Caso isto aconteça, as temperaturas irão aumentar o suficiente para que o ser humano comece a morrer devido ao calor, novas doenças possam desenvolver-se e que o mundo todo entre numa nova era de horrores causada única e exclusivamente pela ação do Homem. Isto é uma realidade em que muita gente infelizmente não acredita.

O famoso edifício Metronome em Nova Iorque, Manhattam, que até há questão de semanas apresentava as horas, mudou de um relógio convencional para uma contagem regressiva até ao ponto sem retorno de que falei acima.

No meu ponto de vista, o governo deveria limitar os valores das casas com uma certa idade até um certo valor, para garantir que as famílias que já têm uma vida na cidade não tenham de sair. As situações das estradas iriam melhorar, e apesar de não ser suficiente para salvar o mundo, iria com certeza ajudar estas metrópoles a serem mais sustentáveis.

O dinheiro é bom, mas não é tudo! O que é que se pode fazer com tanto dinheiro, se não existir mais um local onde o ser humano consiga sobreviver?

Miguel C.

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