Comunidade

Volta Luso bate recorde e junta $170,000

A correr, a caminhar, de moto ou a andar de bicicleta, no domingo (23) quase 600 participantes aproveitaram o bom tempo e decidiram apoiar a Luso Canadian Charitable Society (LCCS). O evento vai já na 5.ª edição e como é habitual o Centro Cultural Português de Mississauga (CCPM) dá uma ajuda na logística.

“Nós somos parceiros desde a 1.ª edição e uma vez por ano realizamos um evento cujo receita reverte na totalidade para a Luso. A volta começou com pouca gente, mas este ano acho que já batemos o recorde de 2018. Hoje não vou participar na prova porque trabalhei a semana inteira para que tudo corresse bem hoje”, informou Tony de Sousa, presidente do CCPM.

Walter e Spencer são dois dos utentes dos pólos da St. Clair e de Mississauga que adoram as atividades do centro. “Eu faço muitas atividades na Luso e tenho lá muitos amigos. Gosto muito de computadores e de matemática. E por isso gostava que hoje juntássemos muito dinheiro”, contou Walter.

Glenn McGillivray é pai de Spencer que frequenta a Luso de Mississauga há cerca de um ano. “Ele está cá desde que terminou o secundário e o meu filho é muito sociável, adora estar rodeado de pessoas. Eles fazem muitas atividades, desde trabalhos manuais até passeios no terraço. Decidimos vir até cá para apoiar este grupo que faz um excelente trabalho. Pensámos que a transição da escola para a Luso ia ser muito difícil, mas a Luso tornou-a muito fácil”, adiantou.

A Luso funciona sobretudo com donativos, só 9% das verbas é que são governamentais. Este ano a Luso conseguiu juntar $170,000 e o grande objetivo é construir um centro de noite. “Inicialmente a nossa meta eram $150,000, mas acho que vamos conseguir superar esse valor, talvez possamos até chegar aos $170,000. Nós precisamos de tudo, de mais espaço em Toronto e em Hamilton, mas a nossa grande prioridade é avançar com um centro de noite. Alguns dos cuidadores já tem 70 anos e como a lista de espera é muito elevada, quando os pais morrem eles acabam por ir parar a centros de terceira idade”, explicou Jack Prazeres.

São muitos os voluntários que participam nesta causa desde o primeiro dia. “Nós por vezes fugimos de certas coisas. As deficiências, nenhum de nós quer pensar que vai acontecer com ele próprio ou com a sua família, e até a própria morte, tentamos fugir em vez de encará-la. Apoiem dentro do vosso orçamento, se não puderem contribuir com $1,000 deem $20. Estas famílias precisam de ajuda e toda a ajuda é bem-vinda”, defendeu AnaBela Taborda, uma das voluntárias.

Linda Correia decidiu participar na caminhada e convenceu algumas amigas a contribuírem. “Desde o início que apoio esta causa e o ano passado vim com um grupo grande de amigos. Infelizmente este ano eles não puderam vir, porque tinham um compromisso, mas eu obriguei-os a darem $50 cada um. E por isso agradeço a todos eles o apoio”, contou.

Cynthia Prazeres-Mare foi a mestre de cerimónias do evento e o voluntariado já faz parte da família. “O meu pai sempre nos inspirou a contribuir e a ajudar os mais necessitados. É bom perceber que a Luso cresceu mas ainda há muito a fazer para que possamos receber mais utentes nas nossas várias localizações”, justificou.

As provas vão dos 8 aos 80 km e alguns optaram pelas duas rodas. “Quando entrei pela primeira vez num destes centros decidi começar a apoiar e propus ao Jack Prazeres fazer uma volta para juntar dinheiro. Hoje vou pedalar só 12 km porque estou um bocadinho em baixo de forma, mas a prova é muito fácil porque o percurso é plano. Aproveito para convidar aqueles que não puderam vir para aparecerem no próximo ano, porque vale a pena ajudar esta causa”, informou Manuel da Silva.

O Milénio Stadium fez a prova dos 8 km e percebeu que nem o calor nem a distância assustaram os participantes. “Eu não sou utente, a minha mulher é que é voluntário na Luso. Mas é extraordinário perceber como eles cresceram e constatar a diferença que eles fazem na vida das pessoas”, disse Charles Faria.

Foram vários os políticos que subiram ao palco para alertar para a importância da causa, nomeadamente a deputada federal Iqra Khalid; os deputados provinciais Faisal Hassan e Nina Tangri; os vereadores de Mississauga – Chris Fonseca, George Carlson, Ron Starr e Sue McFadden e Ana Bailão, vice-presidente da Câmara Municipal de Toronto.

Joana Leal

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