Comunidade

Portuguesas angariam fundos para investigação na área do cancro da mama

Dinheiro destina-se ao Princess Margaret Cancer Centre

As Amigas de Toronto encheram o salão da LiUNA Local 183 e provaram que as mulheres podem ser bastante solidárias. Ao todo foram mais de $80 mil que o grupo conseguiu juntar e que se destina a financiar a investigação na área do cancro da mama, no Princess Margaret Cancer Centre, um dos maiores do mundo.
O evento decorreu no passado sábado (26) e juntou cerca de 1,100 mulheres. Angela Machado é a fundadora deste grupo que surgiu em 2001. “Eu sou natural de S. Miguel e o dia das amigas é uma tradição típica dos Açores. Importámos o conceito para o Canadá e há 18 anos que entregamos o dinheiro das entradas ao Princess Margaret. No início o grupo era pequeno, mas com o tempo foi ficando maior. Tenho várias pessoas que me ajudam, a Fátima Bento, o meu marido, o meu filho…”, disse ao Milénio Stadium.
Maria Amorim tem 71 anos e já enfrentou um cancro da mama. “Há 23 anos comecei a sentir dores no peito e reparei que estava vermelho. Quando fui ao médico o diagnóstico foi confirmado através de uma biópsia. Fui logo operada e lembro-me que foi como se o mundo me tivesse caído em cima. Fiz seis sessões de quimioterapia e perdi o cabelo. Mas com a minha força de vontade e com a fé consegui superar o cancro da mama. Naquele verão fui a todas as festas com peruca. O conselho que dou é para nunca desanimarem e para serem muito corajosas”, partilhou.
Os investigadores continuam a tentar encontrar a cura para aquela que é considerada a doença do século. O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum nas mulheres canadianas. Em 2017 mais de 26,000 mulheres foram diagnosticadas com cancro da mama e cerca de 5,000 acabaram por morrer.
“Este tipo de cancro afecta mulheres de todas as idades, mas apesar de ser uma doença devastadora temos feito grandes progressos ao nível da investigação nos últimos anos. Infelizmente a investigação é extremamente cara, para encontrarmos novas técnicas e novos métodos de tratamento precisamos de muito apoio financeiro”, avançou Srikala Sridhar, investigadora e médica oncologista no Princess Margaret Cancer Centre.
A investigadora deixou um alerta às nossas leitoras. “Estejam atentas aos primeiros sinais e procurem o vosso médico de família. É muito importante apostarmos na prevenção e começarmos logo o tratamento. Se ignorarmos pode ser a diferença entre a vida e a morte”, avisou.
Em declarações ao nosso jornal, a médica falou de uma nova técnica que promete ser eficaz. “É uma técnica bastante promissora. A nova descoberta é a imunoterapia, através da qual se induz uma ativação do sistema imunitário, ou seja, as células do próprio organismo, que o defendem naturalmente contra as infeções, irão ser estimuladas a defendê-lo também contra o cancro”, disse.
Julie Dzerowicz, deputada federal por Davenport, também marcou presença e sublinhou que o governo está a investir para conseguir encontrar a cura do cancro. A cerimónia foi apresentada por Clara Abreu e Henrik Cipriano e depois do jantar seguiu-se uma atuação musical com o grupo “Mexe Mexe”.

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