Comunidade

João de Brito fez 25 anos de carreira

Beirão privou com a elite do fado

João de Brito assinalou 25 anos de carreira na Casa das Beiras. Os fundos angariados vão reverter a favor da Filarmónica Pátria Nova de Coja, de Arganil (Coimbra), um agrupamento que perdeu o fardamento e os instrumentos numa explosão e que comemora 150 anos no próximo mês.

João de Brito tem dois álbuns de fados tradicionais com alguns inéditos de artistas comunitários. Em 1997 lançou “Beirão” e em 2001 “Saudade das Saudades”. Em declarações ao Milénio Stadium Brito confessou estar emocionado com a efeméride. “Hoje a responsabilidade é acrescida para não defraudar as pessoas que cá estão. Um dia um grande fadista disse-me que o fado mais importante era o primeiro que cantávamos. E ele tinha razão, depois vamos ficando mais confiantes.  Estou muito emocionado porque estou com amigos aqui nesta casa. Não foram muitos, mas tive bons espetáculos ao longo destes 25 anos”, contou.

Brito tinha 15 anos quando entrou numa casa de fados pela primeira vez e 17 quando se estreou nos microfones. Na altura, confessou-nos que só conhecia dois fados: “Casa da malta” e “Quando passo à tua porta”. O fado tornou-se mais sério quando venceu em 1992 um concurso comunitário num restaurante que hoje já não existe. Desde aí que tem cantado em associações e clubes do Canadá, EUA e Brasil. Em Portugal é comum encontrá-lo nalgumas das casas de fado mais emblemáticas de Lisboa: “Faia”; “Sr. Vinho” e “Tasca do Chico”, para citar apenas algumas.

O fadista revelou-nos que tem dois álbuns na gaveta, mas que ainda não chegou à altura certa para serem lançados. Brito trouxe recentemente ao Canadá Jorge Fernando, um dos grandes nomes do fado que já trabalhou com Mariza, Ana Moura e Camané.

Brito não consegue eleger o seu fadista preferido, mas reconhece que Fernando Maurício foi o seu grande mestre. Sobre a nova geração do fado em Portugal, Brito diz que “alguns deviam descer à terra”, já sobre a geração de fadistas luso-canadianos, Brito defende que “têm de melhorar alguns aspetos, por exemplo a dicção e a forma de estar com o público”.

Em palco, Brito foi acompanhado por vozes e músicos bem conhecidos. Maria Aida; Tony Gouveia; Teresa Lopes; Humberto Silva; Januário Araújo; David Freitas; Tony Melo e Manuel Moscatel.

João de Brito nasceu nas Beiras, mas sempre se relacionou com a elite do fado em Lisboa. Celeste Rodrigues, Mariza, Jorge Fernando, Carlos do Carmo e Camané são apenas alguns dos grandes nomes do fado com quem privou.

Conhece as casas de fado da capital portuguesa como a palma da mão e tem saudades dos tempos em que passava uma semana em Lisboa. O fado está nos genes, já o pai e um dos tios cantavam à desgarrada. Em palco, apesar de já ter tido várias brancas, admite que tem facilidade em improvisar e quando tem problemas de voz bebe chá de casca de cebola.

Embora o filho deteste fado, Brito quer transmitir o gosto por este género às novas gerações e não tem dúvidas que o património mundial da humanidade é mais sentido pelos portugueses que residem no estrangeiro.

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