Comunidade

CDS quer criar círculo eleitoral da lusofonia

Na Madeira, chamam-lhe “Senhor Comunidades”. Gonçalo Nuno Santos, um histórico do PSD-Madeira, aceitou o convite de Assunção Cristas e trocou os sociais-democratas pelo CDS. Nas legislativas de outubro, vai encabeçar a lista dos centristas pelo círculo de Fora da Europa.

Em entrevista ao Milénio Stadium, o candidato defendeu que é possível eleger um deputado pelo CDS na Madeira. “Nos governos de coligação do PSD o papel de representar as comunidades portuguesas ficou sempre reservado para os sociais democratas. Apresentamo-nos pela primeira vez, sem qualquer coligação, e estamos confiantes porque o CDS tem na sua matriz a alma das próprias comunidades portuguesas – a fé, a família, o trabalho e a poupança”, informou.

O candidato pelo CDS-PP ao círculo eleitoral fora da Europa defende a criação de um terceiro círculo eleitoral, o da Lusofonia. “Temos dois círculos eleitorais – da Europa e Fora da Europa – que elegem quatro deputados à Assembleia da República, o que corresponde a 1,7% do total dos 230 deputados. Queremos criar o círculo da Lusofonia e em vez de quatro passarmos a ter seis deputados”, referiu.

Gonçalo Nuno Santos foi diretor do Centro das Comunidades Madeirenses durante 26 anos e foi, por duas vezes, deputado em São Bento pelo PSD, pelo círculo de Fora da Europa, em regime de substituição.

De visita ao Canadá, o candidato propõe alterações na rede de consulados e defende a revitalização da massa associativa. “Precisamos de pequenos consulados de proximidade e de apoiar mais os clubes que são verdadeiros embaixadores de Portugal no mundo. Ainda há muito trabalho a fazer para que as comunidades portuguesas possam ter o palco que merecem na Assembleia da República. Acabei de ver muitos jovens no Clube Português de Mississauga e aqui no aniversário da Luso-Can Tuna, eles são muito importantes para revitalizar a massa associativa”, reconheceu.

Os madeirenses que residem no Canadá reclamam voos diretos para o arquipélago e para o CDS-PP a TAP pode ser parte da solução. “A Madeira não pode ser refém de preços entre o continente e a Região Autónoma absolutamente exorbitantes e compete aos governos de Portugal e da Região Autónoma da Madeira encontrar pontes de diálogo. Sei que há muitas negociações nesse sentido por forma a minimizar os preços que as companhias aéreas operam. A TAP tem aqui um papel importantíssimo. A promoção da Madeira tenta também cativar o Canadá e os EUA, mas não é fácil ganhar um mercado desta dimensão, sobretudo quando há precariedade nos voos”, explicou.

O lançamento da rede 5G na Madeira está atrasado e mais uma vez as regiões autónomas correm o risco de ficar para trás. “O caminho passa pelo diálogo e pela criação de plataformas de interesse para ambas as partes. As comunidades não podem ficar a perder com o ganho da ANACOM ou da Altice. Portugal é um país de diáspora – dos 10,000,000 de portugueses temos metade fora da pátria e esta riqueza não se pode perder”, afirmou.

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