Comunidade

Casa dos Açores fez 34 anos

A Casa dos Açores de Ontário (CAO) fez 34 anos e a efeméride foi um propósito para refletir sobre o novo paradigma daquela que é a maior comunidade portuguesa que vive no Canadá.

Suzanne da Cunha está há cinco anos na presidência do clube e explicou que com a integração os açorianos deixaram de vir ao clube. “Esta casa sempre foi uma embaixatriz das nove ilhas aqui em Ontário, mas hoje a realidade é outra. Os primeiros açorianos que chegaram ao Canadá estavam à procura de uma certa ligação com Portugal que hoje já não existe. Entretanto os filhos cresceram e formaram as suas próprias famílias com outras nacionalidades. Com a integração as pessoas já não procuram tanto os clubes, e creio que esta realidade é transversal aos outros clubes que representam as outras regiões de Portugal”, disse.

O mandato termina em 2020 e embora a Assembleia Geral ainda não tenha data marcada, em declarações ao Milénio Stadium Suzanne revelou que nas próximas eleições não tem intenções de se recandidatar. “Neste momento não estou a projetar recandidatar-me e prefiro dar a oportunidade a outras pessoas. Mas nunca se sabe, as coisas podem mudar de repente”, reconheceu.

4 açores de ouro em dia de aniversário

Uma vez por ano o clube reconhece pessoas que contribuíram para a manutenção da cultura açoriana na diáspora e este ano foram entregues quatro Açores de Ouro. A atribuição dos prémios faz parte dos estatutos da CAO e coube à direção decidir quem deveria ser reconhecido este ano. Os Açores de Ouro foram entregues a Maria Moniz, atualmente a diretora mais jovem da Casa dos Açores, que não pôde estar presente no aniversário; Chris Freitas, fundador e coreógrafo do grupo de folclore Pérolas do Atlântico; Celeste Dias, diretora de eventos e Manuel Cabral, sócio e atual membro da direção.

Em entrevista ao nosso jornal Chris Freitas informou que o grupo folclórico que nasceu devido a uma aposta vai no próximo ano aos Açores. “A ideia surgiu no antigo restaurante Ilhas de Bruma com o Carlos Botelho que na altura era presidente. Ele disse que disponibilizava o salão a um grupo de jovens que criasse um grupo folclórico e fizemos uma aposta. Já estivemos nos Açores, na Califórnia, em Otava e em Montreal e no próximo verão queremos ir a S. Miguel e à Terceira para aprender mais modas”, avançou.

Celeste Dias voltou à casa porque recebeu um convite da atual presidente. “Antigamente eu vinha às festas à Casa dos Açores, entretanto conheci a Suzanne e ela convidou-me para fazer parte da direção. Hoje sou a diretora de eventos e gosto muito de conviver com as pessoas, é muito divertido”, contou.

Manuel Cabral fez uma promessa ao Divino Espírito Santo quando a esposa ficou doente. “Sempre pertenci a esta casa, quando ainda nem estava na College. A minha mulher foi diagnosticada com cancro da mama e eu prometi ao Espírito Santo que se ela se curasse eu ia dar todos os anos vinho à Casa dos Açores. Felizmente hoje ela está bem, mas enquanto eu for vivo vou continuar a dar o vinho à casa”, confessou.

Manuel Botelho e Octávio Cordeiro estão radicados na Bermuda, o terceiro destino da emigração açoriana, mas marcaram presença no 34.º aniversário da Casa dos Açores de Toronto. “Eu e a minha esposa estamos ligados à Casa dos Açores da Bermuda e no Conselho Mundial das Casas dos Açores recebemos o convite para vir a Toronto. Emigrei há 40 anos, mas os Açores estão sempre no meu coração”, referiu.

A Câmara Municipal de Toronto entregou um certificado à CAO e Marlene Araújo esteve presente em representação de Ana Bailão, a vice-presidente da autarquia.

Joana Leal/MS

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