Comunidade

Casa do Alentejo celebra 37 anos

Em 37 anos de história, Carlos Sousa esteve presente nos últimos 25. Em dia de aniversário, o presidente da Casa do Alentejo garantiu-nos que embora tenha nascido em Lisboa sente-se alentejano.
“Ganhei o passaporte alentejano em 1996, foi depois de cá estar durante um ano. Chama-se Casa do Alentejo, mas acaba por ser uma espécie de Casa de Portugal porque temos aqui pessoas de toda partes do país e até temos sócios estrangeiros. Já fui presidente 11 vezes e os meus filhos chegaram a dançar aqui no folclore e tudo o que posso fazer pela casa eu faço”, contou ao Milénio Stadium.

No último ano a cultura teve que ser sacrificada por causa de um engano do Canada Revenue Agency (CRA). “A Casa do Alentejo é uma instituição sem fins lucrativos e o CRA confundiu-nos com uma empresa normal. No ano passado quando apresentámos o nosso IRS eles tiraram-nos $28,000. O dinheiro faz-nos falta e por isso este ano cortámos um bocadinho no programa cultural. Estamos a tentar resolver o problema e a MP de Davenport está a ajudar-nos, mas o dinheiro ainda não nos foi devolvido”, explicou.

A casa inaugurou uma exposição de pintura e uma mostra com os famosos tapetes de Arraiolos, uma tradição que remonta ao século XVI. Fernanda Carvalho nasceu em Angola e nunca tinha exposto os seus quadros ao público. “Posso dizer que a minha família tem uma veia artística porque a minha mãe e a minha irmã também pintam. E um dos meus tios que, entretanto, já faleceu também pintava. A minha pintura é abstrata e eu pinto de acordo com as minhas emoções. Vim para Portugal com 12 anos e trouxe muitas memórias de África que servem também de inspiração para os meus trabalhos”, adiantou ao nosso jornal.

Rosa Maria Marchão começou a trabalhar Arraiolos na Casa do Alentejo e já perdeu a conta ao número de peças que fez. “Aprendi a fazer Arraiolos com a professora Odete Ribeiro que vem aqui à Casa do Alentejo todas as sextas-feiras. Já faço há cerca de seis anos e gosto muito porque funciona como uma terapia para a mente. Inspiro-me no Alentejo que foi onde eu nasci, mas também utilizo revistas. Tenho muitas peças em casa, nunca vendi nenhuma, normalmente dou às minhas filhas”, referiu.

O Porto de Honra reuniu sócios, membros da direção, a MP de Davenport e o Cônsul-Geral de Portugal, que veio também em representação do Embaixador em Otava. “É uma das associações mais dinâmicas que ao longo do ano realiza muitos eventos culturais, e que consegue, em simultâneo, como todas as outras, servir de ponto de encontro para a nossa comunidade”, afirmou o Cônsul-Geral Rui Gomes.

Julie Dzerowicz, MP de Davenport, entregou um certificado à associação e no seu discurso recordou os 70 anos de imigração portuguesa no Canadá e elogiou a sua capacidade de trabalho que, entretanto, tem formado trabalhadores qualificados.

O músico Valdemar Mejdoubi foi surpreendido pelos amigos no dia do seu aniversário e a grande ausência da noite foi a de Rosa Sousa, a sócia número 1 da casa. As comemorações encerraram com a atuação do Grupo Coral da Casa do Alentejo e Loius Simão e o seu quarteto.

Em declarações ao Milénio Stadium, o atual presidente revelou que não se recandidata ao próximo mandato.

Joana Leal/MS

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