Comunidade

Cantou-se os Reis na Casa dos Açores do Ontário

Avelino Teixeira

Uma tradição portuguesa vivida intensamente desde 1385 em Portugal e onde vivam portugueses que foi celebrada por três grupos de cantares perante uma audiência sedenta das tradições portuguesas que não arredou pé sem que a festa terminasse.
O evento foi organizado pelo Grupo Folclórico Pérolas Do Atlântico agora sob a presidência do dinâmico Mathew Correia a fim de angariar fundos para cobrir despesas com vestuário e uma possível ida em julho próximo à Califórnia a convite dos portugueses a viver na Artísia.
Para o mesmo fim foram leiloados a bom preço por João Teixeira objetos trazidos pelos amigos e familiares do grupo.
Antes de ser servido o almoço em mesa de bufete preparado por Auxiliadora Medeiros, Teresa Tavares, Odília Janeiro, Maria Silva e Conceição Amaral, Cláudia Espínola e Bianca Monteiro davam as boas vindas e agradeciam a presença dos convivas introduzindo depois Mathew Correia que começava por referir Jorge Cardoso em representação do Graciosa Cammunity Centre, Manuel e Manuela Goulart do Amor da Pátria, dos Amigos da Terceira Lúcia Rosa, Carlos Botelho em representação da Azores Airlines, indivíduos dos Amigos de Santo Cristo de Brampton, e da ACAPO e Casa dos Poveiros Laurentino Esteves.
Este último, merecidamente feito Comendador, mesmo sem gozar de boa saúde não cessa de se envolver na comunidade e de nos surpreender com as suas graças muito especialmente quando vai ao palco neste caso para apresentar o grupo de cantares da Casa dos Poveiros que, segundo ele, em 1984 saia à rua pela primeira vez para cantar os reis na Padaria Caldense e na CIRV Radio. “Fizeram-no, e todavia fazem-no, na noite de cinco para seis de janeiro”.
O grupo é formado por cantadores que se ensaiam a eles próprios, e que simultaneamente tocam ferrinhos, Reco-Reco, Pandeireta, Bombo, Cavaquinho, Viola, Concertina e Acordeão.
Laurentino Esteves apresentava as cantigas e simultaneamente gracejava ao ponto de dizer “onde é que se pode ouvir os reis e comer Cozido à Portuguesa, isso só é possível nos nossos clubes”. Referia-se também à “mijinha do Menino Jesus”. E de facto, no final da atuação, Mathew Correia trazia-a para o palco e os copinhos de plástico para a servir.
Quase sem parar chegava o grupo dos Amigos Da Terceira formado relativamente há pouco tempo com o propósito de demonstrar como se canta os Reis naquela Ilha, uma tradição, segundo os peritos, ligada às Janeiras.
Adélia Machado fazia a apresentação e referia-se à forma como se cantam as Janeiras na Terceira pelo Natal. O grupo era acompanhado por Saxofone, Guitarra Clássica e Acordeão.
Para animar a tarde, também interpretaram duas cantigas escritas pela apresentadora que provocou bastantes sorrisos. No meio destes chegava ao palco Suzanne Cunha, que durante a tarde não parava de zelar pelos interesses da Casa dos Açores, para agradecer aos convivas, e ao Mathew Correia pela sua entrega ao Grupo Folclórico Pérolas do Atlântico composto por Bandolinho, Viola Da Terra, Violão, Bombo e Pandeireta que por fim chegava ao palco com os cantadores e tocadores para cantar Os Reis.
A apresentação era de João Teixeira que no final com a música contagiante do Baile Dos Pescadores de Rabo de Peixe e com a letra “Não para não pode parar, Só para quando eu mandar” em forma de cantiga solicitava aos convivas, pelos seus próprios nomes, ajuda financeira para o Grupo Folclórico Pérolas Do Atlântico que se pode gabar de ter um membro de nacionalidade chinesa.
Aos poucos as pessoas iam depositando a sua dádiva na copa de um chapéu de palha que se encontrava na mão de uma senhora também ela membro do grupo que por vezes parecia comovidamente querer verter uma lágrima. Não se sabe quanto rendeu o peditório, mas o facto é que a copa do chapéu se encheu.
A atuação terminava saudosamente com a cantiga “Viva a presidente da Casa dos Açores” escrita e musicada pelo talentoso e criativo Daniel Carvalho que não é visto a cantar há já muito tempo. Um talento que se silenciou. Que pena!!!
O som daquela tarde de festa era dos “Vadios Entretainment” de Manuel da Ponte que também cantou o “Mar Dos Açores” e de que maneira (…).

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