Editorial

Celebrate Women? Why?

Celebrar as Mulheres? Porquê?

On the 8th of March, we celebrate International Women’s Day. Some will question why we need to have a day dedicated to the celebration of women when there is no day dedicated to men. Society has decided that almost anything deserves ‘a day’ from Groundhogs to Black History, etc. but not a day for men.

According to some statistics, women have made great strides in the advancement of the cause of womanhood, which translates into equality with men. While this may be true, we can question if the implementation of the advancements gained have produced the desired results.

The glass ceiling has not moved upward to noticeable levels and it could be argued that women are their own worst enemy. Why continually use as a measurement of success being equal to men? Men are not that unique that women should aspire to be similar and reach levels of success achieved by men. The uniqueness of being a woman and the differences that embodies their talents should be sufficient to break the glass ceiling. So what exactly are we celebrating? As this editorial comes from a man’s point of view, I would suggest that there is nothing to celebrate and would add that the focus brought upon by Woman’s Day diminishes the hard work that women perform on a daily basis. Most women I know are independent, smart and self-sufficient and don’t need a man to give them an identity. Maybe fortune has smiled on me for knowing such women, but I would suspect that most men would admit to such.

Reality is that women assertiveness still bothers many and may be perceived as negative when it should be embraced. Maybe it’s the method of message delivery that should be improved by women.

There is no question that a lot of work is required to allow women to have their deserved place in society. Canada, considered one of the best places in the world to live in, has a lot of work to do as it relates to equality. When major corporations have on average 1 woman to 11 men on boards, which manage their corporate affairs, a microcosm of society emerges. It’s still a men’s world. Abuse of vulnerable women in Canada continues and the Trudeau government champions the role of women in our country. However, he will still fire a Solicitor General and Minister of Justice for attempting to show integrity and replace her with a man. This is an example of leadership which many will suggest demeans the role of women in government and provides excuses to others to do the same.

In Asia, Africa and many other areas, women continue to live as second-class citizens laboring on a daily basis without identity. Changes will not be simple but it’s where the real work needs to be done. Progress has been achieved in Saudi Arabia since women can now drive. Is this progress? WOW!

Instead of celebration, there should be a revolution to achieve the human rights which are necessary. There is absolutely no reason to celebrate unless people consider the “Me Too” movement an achievement. In fact, it can be said that there is no leadership in women’s movement today and the fractured messages where men are painted as users and abusers will have negative consequences in the long run.

In the Portuguese Canadian community, there is a significant lack of leadership. The politically correctness that has engulfed the community has castrated the courage to make a difference. So, women remain quiet and allow men to dictate. See how far this will get you. Personally, I will celebrate the fact that I know some incredible women and not a movement without feet.

Manuel DaCosta


No dia 8 de março celebramos o Dia Internacional da Mulher. Alguns irão questionar a necessidade de termos um dia dedicado à celebração da mulher, quando não existe um dia dedicado ao homem. A sociedade decidiu que quase tudo merece um dia, desde o dia da marmota ao dia da História Negra, etc., mas não existe o dia do homem.

De acordo com algumas estatísticas, as mulheres têm completado grandes passos para o desenvolvimento da causa do feminismo, que se traduz na luta pela igualdade relativamente ao homem. Apesar de isto poder até ser verdade, podemos questionar se a implementação desses avanços tem produzido os efeitos desejados. O teto de vidro não se tem movido acima dos níveis percetíveis e pode ser debatido se não serão as próprias mulheres o seu pior inimigo. Porquê o uso contínuo dessa medida de sucesso – ser igual aos homens? Os homens não são assim tão especiais para que as mulheres aspirem a ser semelhantes a eles e a conquistar o mesmo nível de sucesso. A singularidade de ser uma mulher e as diferenças que incorporam os seus talentos deveriam ser suficientes para quebrar esse teto de vidro. Sendo assim, o que é que estamos a celebrar exatamente? Sendo que este editorial vem do ponto de vista de um homem, eu sugeria que não existe nada para celebrar e diria ainda que o foco que o Dia da Mulher traz diminui o trabalho árduo que as mulheres desempenham todos os dias. A maioria das mulheres que eu conheço são independentes, inteligentes e autossuficientes, não precisam de um homem para lhes dar uma identidade. Talvez eu tenha sorte por conhecer mulheres assim, mas suspeito que a maioria dos homens diria o mesmo.

A realidade é que a assertividade das mulheres ainda incomoda muita gente e pode ser compreendida como algo negativo quando, na verdade, deveria ser algo aceite. Talvez as mulheres devessem melhorar o método de como a sua mensagem é passada.

Não existe dúvida de que é necessário muito trabalho para permitir à mulher ter o seu lugar desejado na sociedade. O Canadá é considerado um dos melhores locais do mundo para se viver, mas ainda tem muito trabalho a fazer no que diz respeito a igualdade. As grandes empresas têm na Direção, em média, 1 mulher por cada 11 homens que gerem os seus negócios corporativos. Surge assim um microcosmo da sociedade. Ainda é um mundo de homens. No Canadá, continua o abuso de mulheres vulneráveis e o governo de Trudeau defende o papel das mulheres no nosso país. No entanto, mesmo assim, despediu a Solicitadora Geral e Ministra da Justiça por ter tentado mostrar integridade, e substituiu-a por um homem. Muitos considerariam que este é um exemplo de liderança que diminui o papel da mulher no governo e providencia desculpas para que outros façam o mesmo.
Na Ásia, África e muitas outras áreas do mundo, as mulheres continuam a viver como cidadãos de segunda classe, trabalhando todos os dias sem identidade. As mudanças não serão simples, mas é onde o trabalho real precisa de ser feito. Já têm sido conquistados progressos na Arábia Saudita, onde as mulheres podem agora conduzir. Será isto progresso? WOW!

Em vez de uma celebração, deveria haver uma revolução para conquistar os direitos humanos necessários. Não existe absolutamente nenhum motivo para celebrar, a não ser que as pessoas considerem o movimento “Me Too” uma conquista. De facto, nos dias de hoje, pode afirmar-se que não existe liderança no movimento das mulheres e, a longo prazo, as mensagens fragmentadas onde os homens são pintados como aproveitadores e abusadores irão ter um impacto negativo.

Na comunidade luso-canadiana existe uma falta de liderança significativa. O politicamente correto que envolveu a comunidade castrou a coragem de tentar fazer a diferença. E, por isso, as mulheres permanecem caladas e permitem que os homens comandem. Veja o quão longe isto as vai levar. Pessoalmente, eu irei celebrar o facto de conhecer mulheres incríveis e não um movimento sem pés.

Manuel DaCosta

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