Editorial

BIA’s FOR NIMBY’S

A cidade de Toronto tem-se desenvolvido e tornou-se na 4º maior cidade do Norte da América. Este crescimento deve-se à imigração consistente ou à aceitação dos refugiados, o que criou uma metrópole que abrange vários bairros que, em muitos casos, estão divididos por barreiras baseadas na etnicidade ou na riqueza.

Por muito que as pessoas celebrem o caldeirão criado pela proclamação de que Toronto e a GTA representam todos os países do mundo, a atitude dos Nimby em muitas áreas comprova os vários sinais de que esta não é uma situação ideal. Os parques dos bairros são um bom exemplo disto. Estas áreas, numa cidade considerada como das maiores do mundo, providencia descanso para as pessoas que vivem em caixas de cimento sem espaços verdes.

Parques que costumavam ser utilizados para eventos culturais são agora feudos protegidos para os residentes locais, cuja principal atividade praticada é a recolha dos dejetos dos animais. É compreensível que os bairros desenvolvam as suas próprias características, mas não que o façam a custo do isolamento de outros que também querem disfrutar. As Associações de Bairros, que controlam ferozmente tudo o que se passa nas suas áreas, ganharam poder político, e essencialmente tornaram-se os governadores dessas áreas, criando cidades dentro de cidades.

No desenvolvimento de Toronto, outro aspeto a considerar é o envolvimento empresarial e político com a criação dos BIA (Áreas de Melhoramento Económico). Estes BIA são extensões comerciais dos Nimby que isolam politicamente os bairros, sob o pretexto de melhorar as áreas que representam. Em muitos casos, os BIA são controlados por indivíduos egoístas que usam essas áreas para lucro próprio, ao custo de outros negócios que financiam estas organizações com os seus impostos. Os BIA autointitulam-se, por exemplo, de Chinatown, Corso Italia, Little Italy, Little India, Greektown, Koreatown, Little Jamaica, Little Portugal e Roncesvalles. Eu questiono se estes nomes (little) são pessoas inclusivas ou um sinal do tipo de indivíduos designados para essa área. Toronto é uma das cidades mais culturais do mundo. Em 2016, 51.5% dos residentes da cidade pertenciam a uma minoria visível. A separação por etnias é uma tendência que está a crescer e que não irá contribuir para o crescimento inclusivo de Toronto.

Os BIA são compostos por empresários e proprietários com a missão de trabalhar em conjunto para criar um bairro vibrante, bem-sucedido comercialmente e fisicamente melhorado. Muitas áreas têm prosperado sob este sistema, mas outras têm-se enfraquecido devido à liderança medíocre. Está na altura de pararmos o controlo a longo prazo destas áreas por indivíduos que apenas têm interesses pessoais na pertença e liderança destas organizações.

A criação de cidades habitáveis deveria ser uma prioridade para todos, sem criarem divisão e áreas exclusivas.
Vamos todos dar-nos bem.

Manuel DaCosta

*Business Improvement Area
**Abreviation: “Not In My Back Yard”

Toronto has grown to become the 4th largest city in North America. This growth is the result of consistent immigration or refugee acceptance, creating a metropolis encompassing many neighbourhoods which in many cases are divided by boundaries based on ethnicities or how rich you are.

As much as people celebrate the cultural cauldron created by proclaiming that Toronto and GTA represent every country in the world, there are many signs that all is not ideal because of the Nimby attitudes in many areas. Neighbourhood parks are an example of this. These areas in a City considered to be one of the greatest in the world, provide a respite for people who live in concrete boxes without any greenery.

Parks which used to be used for cultural events for all are now protected fiefdoms for only area residents where the main activity is picking up dog poop. It is understandable that neighbourhoods develop their own characteristics but not at a cost that alienates others who want to use it. Neighbourhood Associations which fiercely control everything that goes on within their areas have become politically powerful, essentially becoming governors of those areas and creating cities within cities.

Another aspect of political and business involvement in the development of Toronto has been the creation of BIA’s (Business Improvement Areas). These BIA’s are the commercial extensions of the residential Nimby’s politically isolating neighbourhood in the guise of improving the areas they represent. In many cases, BIA’s are controlled by self-serving individuals who use the areas for profiting at the cost of many other businesses who finance these organizations with their taxes. The BIA’s give themselves names such as Chinatown, Corso Italia, Little Italy, Little India, Greektown, Koreatown, Little Jamaica, Little Portugal and Roncesvalles. I question whether this (little) names are people inclusive or sign of the type of individual designed for the area. Toronto is one of the most cultural cities in the world. In 2016, 51.5% of the residents in the City proper belonged to a visible minority. Separation by ethnicities is a growing trend which will not contribute to the inclusive growth of Toronto.

BIA’s are made up of businesses and property owners whose mission is dedicated to working together to create a vibrant and commercially successful and physically improved neighbourhood. Many areas have flourished under this system, but others have languished under mediocre leadership. It’s time to stop lifelong control of these areas by individuals who only have self-interests in belonging or leading these organizations.

Creating livable cities should be a priority for all without creating division and exclusive areas.
Let’s all get along.

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