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9 DE OUTUBRO DE 2020

Está disponível mais uma edição do Milénio Stadium!

Edição 15045 – 9 de outubro de 2020

 

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Com o mundo sempre a girar e a revelar-nos novas surpresas, cada dia relembra-me uma novela muito popular que foi transmitida na TV durante muitos anos. Na novela, as provocações e adversidades dos relacionamentos eram um desafio infindável para a forma como vemos o mundo. Hoje, a realidade das novelas abrange sérios ataques à nossa estabilidade mental por parte de forças políticas e uma dúvida interminável acerca do que o amanhã nos irá trazer.
Pondo tudo em perspetiva e analisando as forças corruptíveis que atacam o nosso bem-estar, tudo se resume à mosca no cabelo de Mike Pence durante o debate com Kamala Harris, a 7 de outubro. Uma pequena mosca domina os media, o que confirma que pouco da sua mensagem deve ser levada a sério.

Esta semana, o Milénio Stadium explora um aspeto da sociedade que representa uma parte importante na vida de muitas pessoas, mas que é convenientemente ignorado. Os profissionais do sexo e a prostituição são temas sobre os quais as pessoas preferem não falar. Milhares de homens e mulheres trabalham neste ramo e enquanto a sociedade se preocupa com os trabalhadores do setor automóvel, os trabalhos e os ganhos dos trabalhadores sexuais são ignorados. Há muito a ser discutido, mas existe um certo desconforto, por parte do poder estabelecido, em discutir esse assunto. O comércio sexual inclui muitas formas e é um negócio que cria um lucro superior a qualquer outra forma de entretenimento “legítimo”. Na sua maioria, a prostituição tornou-se virtual, onde sites pornográficos e sites de encontros forçam a maioria dos clientes no sentido da clandestinidade, criando assim uma sub-sociedade onde o controlo dos trabalhadores sexuais e dos seus chulos e organizações criminais forçam muitos para um ambiente semelhante a uma prisão.

O Canadá legalizou a prostituição, contudo, apesar da vasta história dos trabalhadores sexuais, ainda existe uma haste moral no seu traseiro metafórico sobre ser considerado uma profissão. É legal vender sexo no Canadá, no entanto, promover serviços sexuais, pagar por esses serviços e viver dos ganhos da venda sexual são ilegais. Porquê legalizar algo e implementar barreiras onde a proibição de muitos aspetos cria um ambiente onde é necessário secretismo e a proteção dos potenciais clientes?

O negócio de comércio sexual irá existir sempre. Os trabalhadores sexuais precisam de proteção sob todas as leis do Canadá; contudo, nunca irá acontecer porque os governos não estão a receber as receitas fiscais que “legitimam” estes negócios. As práticas predatórias de homens e mulheres que controlam vários aspetos do comércio sexual resultam em vítimas que sofrem abusos indescritíveis. A prostituição, num formato aceitável, é um serviço necessário que satisfaz as necessidades de muitas pessoas. Numa sociedade que, por diversas razões incluindo saúde mental, dificulta a aceitação de que os nossos corpos funcionam de maneiras específicas, demonstra que a prestação desses serviços é essencial.

A mudança das leis pode fortalecer os trabalhadores sexuais e os clientes, que poderão exigir melhores condições de trabalho e pode iniciar uma mudança cultural que altere a forma como vemos as pessoas na indústria do sexo.
Esta segunda-feira (12), celebra-se o Dia de Ação de Graças. Agora mais do que nunca temos de ser agradecidos por termos sobrevivido a todos os desafios impostos na nossa vida. É tempo de refletir e reavaliar. Aqueles que contribuem para as nossas vidas de uma forma positiva devem ser valorizados por partilharem a sua vida connosco.
Feliz Dia de Ação de Graças.

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