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5 DE FEVEREIRO DE 2021

Está disponível mais uma edição do Milénio Stadium!

Edição 1522 – 5 DE FEVEREIRO DE 2021

 

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Segundo a Organização Mundial de Saúde, a terra está à beira do fracasso moral. A moralidade é uma palavra frequentemente usada para descrever como o nosso comportamento afeta as atitudes “normais” da sociedade. Devido à luta contra a doença e contra a democracia, certamente que o mundo de hoje não é o mesmo universo que conhecíamos há um ano atrás. A ignorância é um inimigo que alimenta a desinformação, o sectarismo e as notícias falsas, e mesmo com o acumular dos mortos, desrespeitados em contentores refrigerados e em valas comuns, nós continuamos a permitir a suspensão dos nossos direitos democráticos em troca da esperança do desaparecimento desta pandemia e do regresso ao mundo conturbado que conhecíamos antes da covid-19. As pessoas estão fora de controlo, com problemas financeiros e de saúde mental, e aqueles que deveriam liderar parecem não saber qual o buraco que devem tapar primeiro devido à incompetência no Governo, em várias partes do mundo, dando origem à ascensão de pensamentos extremistas. Somos canários numa mina de carvão, à espera da próxima rajada de más noticias para compreendermos o caminho que devemos seguir para evitar o colapso das nossas vidas por completo.
A separação devido ao confinamento conduz a ansiedade, ataques de pânico e comportamento agressivo. As atitudes destrutivas e a nossa natureza rebelde levaram as pessoas a obter algum tipo de normalidade proveniente de redes socias e outros media alternativos, que muitas vezes promovem o ódio contra os pilares legislativos da sociedade. Os canadianos, e não só, tornaram-se complacentes no que diz respeito à proliferação dos grupos de extrema-direita e não podemos continuar a fingir que não existe esta intrusão nas nossas vidas. Os grupos de ódio sempre existiram, alimentando-se dos nossos preconceitos e inseguranças, mas agora estão a ser encorajados e estão a revelar-se como se o mundo estivesse pronto para uma mudança na aceitação de comportamentos. A propagação de Trumpistas, fascistas, e visões protecionistas que incluem pronunciações de extrema-direita para encorajar a mudança, são lideradas por patifes que estão a ocupar grande parte do espaço das redes sociais. Começam a surgir questões sobre Trump e a sua doutrinação pelos KGB nos últimos 40 anos e esta pode ser a faísca que a Rússia, e outros países extremistas, precisam para criar instabilidade no mundo e para recrutar visionários, com visão limitada, que irão aceitar a retórica antissocial que sugere que o mundo deve ser visto através de um único processo de pensamento, conduzido pelo ódio ao sistema. Os extremismos de direta estão a crescer globalmente em termos de mobilização violenta, protestos, informação enganadora e ódio coordenado e online. É frequentemente categorizado por um nacionalismo definido etnicamente e sexualmente em termos de poder branco. Estima-se que no Canadá existam cerca de 130 grupos de extrema-direita, mais 30% desde 2015. Porquê uma subida tão acentuada? Deve-se à insatisfação com a liderança política e com o Governo ou deve-se à forma como os mundos baseiam o seu equilíbrio de poder na raça, na política e na disparidade financeira? Os media providenciam plataformas para nomes como Threepercenters, Qanon, Neonazis, Proudboys, anti-vaxxers, Maga, guardiões do juramento, e muitos outros, que elevem o seu perfil e assim legitimam a sua causa. Em tempos em que temos de sarar, honrar os nossos mortos e proteger aqueles que sofrem, a procura de controvérsia para encher as notícias e a criação de avaliações pode não ser a melhor abordagem. O mundo não está prestes a mudar e os problemas que existiam antes da Covid continuam aqui. As ideologias de países como a China e Rússia, e outros, continuam e permanece a repressão de ideologias como religiões, raças, e o ódio pelos imigrantes, pelas pessoas indígenas, pelas mulheres, pelas comunidades LGBTQ e outros grupos de minorias que estarão connosco até ao fim dos nossos dias. Como pessoas, iremos sugerir que são os outros que fazem atos de perseguição e rotulamos de acordo com essa ideia, mas infelizmente cada um de nós está, em parte, a contribuir para uma sociedade onde a bondade e a inclusão estão a desaparecer. Levante-se contra aqueles que querem retirar-nos os nossos direitos democráticos, mas de uma forma pacifica, sem extremos. Fique bem. ficaria a letra da música.

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