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20 DE NOVEMBRO DE 2020

Está disponível mais uma edição do Milénio Stadium!

Edição 1511 – 20 DE NOVEMBRO DE 2020

 

 

Assistir a rostos de pedra, apresentados na TV, a tentarem compreender as palavras que fluem de lábios estáticos… sem ouvir nada porque já não importa o que sai do ecrã. Este é o estado da vida onde a informação é difundida para confundir ao invés de ser para educar e informar. Enquanto esperamos pelo futuro e tentamos entender o passado, o tempo ocupa cada vez menos espaço nas nossas vidas enquanto os políticos tentam encontrar novas palavras para descrever o nosso estado de confinamento ou liberdade. Dizer não à solidão significa que conseguimos encontrar meios para sobreviver aos desafios atuais. Mantenha-se positivo.
Esta semana, o Milénio Stadium aborda os problemas das diferenças culturais lusófonas, da sua continuação e resistência a um mundo em mudança. Os cidadãos portugueses estão espalhados por todo o mundo, procurando adaptar-se a novas terras, costumes e tradições, ao mesmo tempo que mantêm o fogo cultural com o qual nasceram, lutando para o manter vivo mesmo que rodeados por novas sociedades. Aqueles que se identificam como portugueses… independentemente do país onde vivem atualmente, muitas vezes questionam-se: Será que o esforço vale o sacrifício para regressar às minhas raízes e será que os portugueses que nunca imigraram querem saber? É obvio que são muitos os que se importam em manter a chama Luso viva e como resultado, passam o seu tempo a tentar equilibrar as suas vidas para que não a percam. Um imigrante em França ou na Alemanha é o mesmo que um imigrante no Canadá? Eu diria que não. Cada um pratica a sua cultura de formas diferentes com base nas práticas e integração na cultura de cada país, acabando por adotar maneirismos únicos desse país.
Os imigrantes luso-canadianos têm muito trabalho por fazer para que consigam atingir o nível intelectual exigido para ser bem-sucedido na sociedade canadiana de hoje. Embora possamos ser trabalhadores árduos e até admirados por outras etnicidades pela nossa destreza na participação laboral, tornámo-nos numa sociedade preguiçosa. Os aspetos relacionados com educação e integração devem ser observados por aqueles que orquestram a mudança. Esta semana, numa entrevista para a Camões TV, o novo cônsul de Toronto José Manuel Carneiro Mendes mostrou o seu desejo de se tornar parte do elemento catalisador que assegurará a continuidade da prosperidade da cultura portuguesa no Canadá e que permeia em todos os níveis da sociedade canadiana. O desafio será colocar um arreio nas organizações culturais moribundas que existem hoje que são na sua maioria apáticas e falta-lhes a liderança necessária para abranger todos os demográficos. Precisamos de novas organizações com visão para nos levarem ao próximo nível. Substituam as organizações veneráveis que talvez tenham servido bem a comunidade no passado, mas que já não são um método efetivo de educar a próxima geração que está sedenta por liderança. Atualmente a abordagem egoísta e indiferente que está imposta, não terá os resultados positivos que desejamos.
Contudo, a questão permanece: “Queremos mesmo saber?”. O nosso novo cônsul quer e a nível pessoal, irei apoiá-lo para atingir o sucesso que já conseguiu conquistar noutras localizações. Talvez finalmente tenhamos alguém em quem podemos depositar alguma esperança.
O distanciamento físico não deve servir de armário às nossas mentes culturais. Mantenha-se seguro/a!

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