TAD destitui Villar de presidente da Federação Espanhola
O Tribunal Administrativo do Desporto (TAD) espanhol decidiu, esta sexta-feira, destituir Ángel Maria Villar do cargo de presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), função de que já estava suspenso durante um ano.
O TAD decidiu afastar Villar por ter presidido à Comissão Gestora durante o último processo eleitoral, no qual era candidato à reeleição. O ex-dirigente já reagiu à notícia, afirmando que vai recorrer da sanção, que considera “a mais grave já imposta a um presidente da federação desde a constituição da mesma”, instando ainda à “convocação de novas eleições”.
Segundo a instrutora do processo, que foi referendado pelos membros do TAD, Cristina Pedrosa, ficou provado que a atuação de Villar supôs uma infração “muito grave” da Lei do Desporto.
“Uma vez convocadas as eleições para a RFEF pelo seu então presidente, no dia 13 de fevereiro de 2017, este passou a ocupar a presidência da comissão de gestão. Sendo presidente da mesma levou a cabo muitas atividades dirigidas a promover a sua condição de candidato à presidência”, que viria a conquistar em maio, aponta Pedrosa, na sua proposta de destituição.
À agência noticiosa EFE, Villar explicou que nunca teve “oportunidade de se explicar, porque se tivesse nunca teria sido aberto este procedimento”. O antigo dirigente já estava suspenso por um ano desde 25 de julho, na sequência da sua alegada implicação na Operação Soule, imposta pela Audiência Nacional. Villar aponta ainda o atraso do TAD em decidir pode ter levado ao processo ter caducado “no passado dia 15 de dezembro”, uma vez que o prazo legal são três meses.
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